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sexta-feira, outubro 22, 2010

A Direita em Psicanálise

A inflamado discurso de Passos Coelho no Pontal foi aproveitado pelas franjas mais radicais do PSD para acabar com o relativo entendimento que até então tinha existido entre o governo do PS e o novo líder do PSD.
Enquanto alguns, como Marcelo Rebelo de Sousa, entendiam as ameaças de Passos Coelho como tiros de pólvora seca, nas semanas seguintes, a direita blogosférica encarregou-se de transformar o ardor comicieiro do jovem líder numa bandeira para derrubar Sócrates.
Em obediência a esta estratégia, a tentativa do governo para encetar negociações com PSD, visando a preparação do orçamento de 2011, foi liminarmente rejeitada por Passos Coelho. Estávamos em meados de Setembro.
Desde então e até há poucos dias, Passos Coelho foi esticando a corda ao ritmo da subida da taxa de juro da dívida e nem os apelos das mais altas figuras do PSD, como Cavaco Silva ou Durão Barrosos, pareciam capazes de o demover da estratégia de chumbar o orçamento.
Foi então que Ângelo Correia falou.
Passos Coelho estremeceu. À sua volta, os cabelos de palha de Paula Teixeira Pinto moldavam-se ao vento, como sempre, mas já não viu Nogueira Leite. Sobravam Miguel Relvas e Marco António. Estava sozinho.
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Entretanto há blogues que entraram em terapia de grupo. É uma dor de alma...

1 comentário:

  1. Terapia de grupo?
    Gosto!
    Em grupo, tem mais piada!
    Há séculos que se sabe isso...
    Bem bolado.

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