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quarta-feira, setembro 07, 2011

Com o Euro não se brinca!

A integração europeia foi o melhor que nos aconteceu, uma vez alcançada a democracia.
Depois disso, a criação da moeda única era um passo importante e necessário para concretizar essa integração. Porém, para além dos mecanismos de controlo financeiro do Banco Central Europeu, como moeda supranacional, a estabilidade do Euro obriga à integração dos processos orçamentais e económicos, ou seja, impõe a existência de um Governo Económico Europeu.
É este o passo seguinte que a Europa tem que dar e ontem já era tarde, porque as alternativas a esta via são calamitosas: Se o Euro se desintegrar, ditaduras e guerras civis farão recuar a Europa aos períodos negros que estiveram na origem das grandes guerras da primeira metade do século XX.
O cenário é aterrador, mas é o que resulta dum estudo encomendado pelo banco UBS.

1 comentário:

  1. Não me parece possível esse tal governo económico, pelo menos nos tempos que correm.
    Não se pode governar, com medidas idênticas, regiões tão diferentes como Portugal ou a Alemanha, a Grécia como a França,...
    Por outro lado, o princípio da solidariedade que esteve na origem do sonho lindo de uma Europa unida é uma treta, como se tem visto nos últimos anos.
    A tendência, sempre latente, de alemães e franceses para dominar a Europa, vai impedir a instalação de uma verdadeira democracia europeia.
    O perigoso caminho para a direita que os europeus estão a trilhar conduz a um enorme agravamento das diferenças entre os povos.
    A introdução de uma moeda única, que foi, aparentemente, uma medida tendente à unidade, serviu até agora para aprofundar a exploração capitalista entre os países europeus e, dentro de cada um deles, entre as diversas camadas sociais.
    No caso de Portugal, o euro determinou uma catastrófica subida dos preços e uma ainda mais catastrófica redução do rendimento disponível. Foi um erro muito grave, cujas consequências só ao de leve já estamos a sofrer...

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