A integração europeia foi o melhor que nos aconteceu, uma vez alcançada a democracia.
Depois disso, a criação da moeda única era um passo importante e necessário para concretizar essa integração. Porém, para além dos mecanismos de controlo financeiro do Banco Central Europeu, como moeda supranacional, a estabilidade do Euro obriga à integração dos processos orçamentais e económicos, ou seja, impõe a existência de um Governo Económico Europeu.
É este o passo seguinte que a Europa tem que dar e ontem já era tarde, porque as alternativas a esta via são calamitosas: Se o Euro se desintegrar, ditaduras e guerras civis farão recuar a Europa aos períodos negros que estiveram na origem das grandes guerras da primeira metade do século XX.
Não me parece possível esse tal governo económico, pelo menos nos tempos que correm.
ResponderEliminarNão se pode governar, com medidas idênticas, regiões tão diferentes como Portugal ou a Alemanha, a Grécia como a França,...
Por outro lado, o princípio da solidariedade que esteve na origem do sonho lindo de uma Europa unida é uma treta, como se tem visto nos últimos anos.
A tendência, sempre latente, de alemães e franceses para dominar a Europa, vai impedir a instalação de uma verdadeira democracia europeia.
O perigoso caminho para a direita que os europeus estão a trilhar conduz a um enorme agravamento das diferenças entre os povos.
A introdução de uma moeda única, que foi, aparentemente, uma medida tendente à unidade, serviu até agora para aprofundar a exploração capitalista entre os países europeus e, dentro de cada um deles, entre as diversas camadas sociais.
No caso de Portugal, o euro determinou uma catastrófica subida dos preços e uma ainda mais catastrófica redução do rendimento disponível. Foi um erro muito grave, cujas consequências só ao de leve já estamos a sofrer...