segunda-feira, novembro 30, 2015

Espanha - novo ciclo político

Depois da mudança quase dramática em Portugal, as eleições espanholas do próximo dia 20 de Dezembro ameaçam alterar não menos dramaticamente o panorama político do país vizinho.

A três semanas das eleições, as sondagens apontam para um empate de três partidos - PP, PSOE e Ciudadanos -, todos na casa dos 22%, seguidos de perto pelo Podemos com 17%.

Talvez seja esta a forma de dar a volta à Europa. Oxalá!

domingo, novembro 29, 2015

A bofetada da Marinha Grande

Nem sempre pelas melhores razões, a Marinha Grande costuma ser notícia nas campanhas eleitorais. A célebre bofetada sofrida por Mário Soares em 1985 terá a sido um incidente menor, mas está por apurar a sua influência na difícil vitória do fundador do PS nessas presidenciais.

O apedrejamento e o vandalismo de que foi alvo a sede local da campanha de Sampaio da Novoa não causou danos pessoais, mas é um a sintoma de que há gente que ainda não aprendeu a viver em democracia.

Tais comportamentos não beneficiam as tradições da famosa terra vidreira.

sexta-feira, novembro 27, 2015

O paraíso não mora aqui

Tirando os propagandistas da PaF - Cavaco Silva incluído -,até os refugiados da Síria e do Iraque já sabem que Portugal não é destino desejado para quem é pobre. Pobres já temos demais e o desemprego empurra para a emigração muitos dos nossos jovens com curso superior. 

Não é pois de estranhar a revelação do Director adjunto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras ao afirmar que os "refugiados não querem viajar para Portugal". 

A mensagem de que o país está melhor é um mito posto a circular pelos apaniguados da coligação PSD/CDS em que  ninguém acredita. 

quinta-feira, novembro 26, 2015

Virar de página

O XXI governo constitucional, liderado por António Costa, acaba de tomar posse.
As raivinhas e ranger de dentes, que surpreenderam as paredes do Palácio da Ajuda, esbarraram na fleuma de António Costa.

O novo ciclo já começou.

quarta-feira, novembro 25, 2015

Azias

Começou por ser um termo médico para significar acidez no estômago. Porém, é cada  vez mais usada  no futebol para caracterizar a frustração dos adeptos quando a sua equipa perde.
Ainda não tinha chegado ao vocabulário político, onde se preferia o mais subtil "habituem-se" para aferroar o mau perder dos adversários.

No entanto, a recente crise política - patrocinada pelo Presidente da República por querer manter no poder uma coligação sem apoio parlamentar - provocou uma epidemia de azias que ameaça alterar a costumeira brandura que nos define.

Incentivados pela inexplicável resistência de Cavaco  Silva à indigitação de António Costa para primeiro-ministro, Passos Coelho e Paulo Portas desdobraram-se em ameaças tremendistas por terem sido impedidos de governar pelo único poder que constitucionalmente o pode fazer, o Parlamento.

Ao criticarem desbragadamente a decisão da Assembleia da República, tanto a direita  como os comentadores que nos  últimos quatro anos lhe desculparam o desemprego, o colossal aumento de impostos, a emigração em massa da nossa juventude, a perseguição aos idosos e demais atrocidades infligidas pela coligação PSD/CDS ao nosso povo, revelaram a cariz antidemocrática e antipopular que os norteia. 
As suas ameaças e maus presságios são corriqueiras manifestações de mau perder. 
Simplesmente azia.

terça-feira, novembro 24, 2015

O estertor

As questões postas pelo Presidente da República a António Costa mostram o desnorte de um presidente sem respeito pela constituição, que em nenhum preceito lhe atribui tal prerrogativa. 

A um moribundo satisfazem-se as vontades, mas não é normal que faça prova de vida. 

segunda-feira, novembro 23, 2015

O que dizem os mercados

Assim, com todas as letras, é  o que afirma o director adjunto do Financial Times, que também considera o governo de gestão uma péssima solução para Portugal.
Cavaco Silva e os liberais de pacotilha da direita portuguesa só ouvem os mercados quando lhes dá jeito para irem ao pote.

Parafraseando, "o sr. presidente teve tanto trabalho a pôr a direita no poder em 2011 que, agora, lhe está a custar tirá-la de lá!”

domingo, novembro 22, 2015

Sporting 2 Benfica 1

sábado, novembro 21, 2015

Cada privatização, sua negociata

"Estado vendedor e fiador na privatização da TAP"

A falta a de transparência é uma marca deste governo e do presidente que pactuou com tudo o que Passos e Portas lhe propuseram.

Fim do namoro Passos/Maria Luís

Instado pela  RTP a explicar a passagem do reembolso da sobretaxa do IRS de 35 % para 0 %, Passos Coelho meteu os pés pelas mãos e, cobardemente, passou a bola para a  ministra das finanças.


A procura de bodes expiatórios para assumirem as responsabiliidades da dupla Passos/Portas já começou. 



sexta-feira, novembro 20, 2015

A fraude da devolução sobretaxa

A promessa eleitoral da PaF de que devolveria 36% da sobretaxa no próximo ano já vai nos zero por cento.
Ou seja: Passadas as eleições, confirmou-se o que já se desconfiava: Aquela promessa tinha apenas por objetivo ganhar votos, pois o governo nunca teve intenção de a cumprir.
Pactuado com o governo PSD/CDS, o próprio Presidente da Republica, sempre bem informado sobre todos os cenários, também se congratulou com a devolução da sobretaxa, adiantando mesmo que tal devolução estava de acordo com as estimativas que o seu gabinete tinha feito

Se a fraude do governo e da PaF para ludibriar os eleitores é inqualificável, a cumplicidade propagandística do Presidente não lhe fica atrás.

quarta-feira, novembro 18, 2015

À procura da rolha

"Reunião de PSD e CDS com constitucionalistas não teve conclusões"

Ninguém os para, na tentativa de torpedear a Constituição da República.

terça-feira, novembro 17, 2015

"Um Presidente a gozar com o pagode"



A tragédia é haver pagode que gosta de ser gozado...


segunda-feira, novembro 16, 2015

O ritual das cagarras

"Todos os anos as cagarras regressam à mesma ilha e ao mesmo ninho onde se reproduziram pela primeira vez. O parceiro é sempre o mesmo todos os anos e os rituais de reconhecimento e acasalamento são complexos." (wikipédia)

Há quem estranhe que o Presidente da República, em plena crise política, tire dois dias para ir à Madeira. Mas não tem nada de estranho. 
Há pouco mais de dois anos, o chefe de Estado anilhou uma cagarra numa ilha daquele arquipélago e "ordenou que lhe desse noticias", uma declaração de manifesta cumplicidade que terá passado despercebida aos jornalistas que o acompanhavam.

Embora as cagarras regressem à sua ilha todos os anos, Cavaco já não é novo. Dois anos é perfeitamente compreensível. 

La nature oblige...



domingo, novembro 15, 2015

A encruzilhada

…"9. Portugal está nessa encruzilhada. O governo do PSD-CDS é o que a “Europa” do PPE quer e precisa para não haver contágio em Espanha. O governo do centro-esquerda do PS, com apoio do PCP e do BE, não só não pode ter sucesso, como nem sequer pode existir como possibilidade, para o caso miraculoso de mostrar que “há alternativa”. Não é um jogo a feijões – é um jogo, se se pode chamar assim, em que estão todos os grandes interesses europeus e nacionais que agitam fantasmas, que vão da CGTP ao PREC, para gerar o medo e impor o monopólio político da direita. É verdade que o mecanismo ideal da teoria da democracia limitada é ver os partidos socialistas a fazerem a política da direita e com a direita. Mas isso parece falhar em Portugal, como já falhou no Partido Trabalhista inglês. Não é porque Costa seja um Corbyn – não é certamente –, mas porque a recusa visceral de que “os mesmos” continuem a governar, traduzida em 62% dos votos, mudou as regras do jogo e levou o PCP a abrir uma porta que nunca tinha sido aberta e pela qual entraram o PS e o BE.

10. Não sei se vão falhar, tudo aponta para que as dificuldades sejam imensas. Mas há quem deseje ardentemente que falhem, mesmo que isso signifique dar cabo da economia que resta, criar um sério conflito institucional entre um governo em gestão a testar sempre os seus limites (como fez com a TAP), um Presidente que será pressionado para meter na gaveta tudo o que uma Assembleia hostil decidir e uma Assembleia a ter de “governar”, sem ter o governo que apoia em funções. Isto, sim, é o PREC. Aliás, nada é mais parecido com a linguagem e as atitudes do PREC do que o que diz e o que faz a direita radicalizada que hoje temos. Obra da “Europa” da soberania limitada, a querer impor à força uma democracia limitada. E não é com “eles” – é connosco."


sábado, novembro 14, 2015

Terror

O ataque a Paris é um ataque à Europa.  Ninguém está a salvo da selvajaria que lastra no médio oriente.

sexta-feira, novembro 13, 2015

Cavaco Silva, a força de bloqueio

quarta-feira, novembro 11, 2015

Trambolhão

Nos dois últimos dias, o país assistiu à arrogância das figuras mais destacadas do PSD e do CDS que pretendiam transformar a minoria de direita numa maioria, fazendo tábua da constituição da República.

Contados os votos, o resultado foi 123 para a esquerda (PS, PCP, BE, PEV e PAN) e 107 para a direita  (PSD e CDS). Só é complicado perceber onde está a maioria para quem não aceita a democracia.

Um histerismo raivoso dominou as bancadas da PaF, quase impedindo António Costa de falar obrigando a mesa a intervir. Mas o espumar da raiva havia de chegar com as ameaças de Passos Coelho e de Paulo Portas, que para se manterem no poder só faltou pedirem ajuda  aos castelhanos, como os traidores de antigamente. 
Este indigno comportamento justificaria por si só o chumbo que se avizinhava.
A direita não caiu de pé, porque nunca soube cair. Tem que ser derrubada. 

terça-feira, novembro 10, 2015

El Breve

"El XX Gobierno Constitucional pasará a la historia como El Breve. Apenas 11 días después de que el primer ministro portugués, Pedro Passos Coelho, tomara posesión, la nueva mayoría de izquierdas ha votado conjuntamente la moción de censura del Gobierno, lo que ha provocado su automático cese. "(El País)

As contas da democracia

Somando os deputados do PS, PCP, BE e "os verdes" são mais do que os do PSD somados aos do CDS.
Que parte desta simples aritmética a PaF ainda não percebeu?
Dizem que não aceitam lições de democracia, mas precisam.


segunda-feira, novembro 09, 2015

O pitonisa

Ricardo Costa - que é mais parecido com o Costa, Marco António, do que com o Costa irmão - gosta de mostrar  que percebe de política. Certamente para não  ficar atrás do outro gigante do grupo Balsemão,  José Gomes Ferreira...
Há dois dias, Ricardo Costa afirmou, alto e bom som, na SIC (Notícias,  creio) que no Comité Central do PCP haveria mais votos contra o acordo com o PS do que tinha havido na Comissão Nacional do PS, onde houve 7 contra e 163 a favor.
Ontem, pela voz de Jerónimo de Sousa ficámos a saber que o Comité Central aprovou o acordo por unanimidade.
Há  "jornalistas" que confundem previsões com manifestações de vontade...


domingo, novembro 08, 2015

Os empatas

Todos se lembram da brilhante ideia de António José Seguro em exigir as primárias quando foi confrontado por António Costa, na esperança de adiar o inadiável.
Também recordam certamente o resultado.
Os que agora pretendem referendar o acordo do PS com o BE e o PCP também  só querem empatar,  mas o resultado vai ser o mesmo.

sexta-feira, novembro 06, 2015

Acordo

Jerónimo de Sousa é agora a última esperança da PaF para fazer gorar  o acordo que viabilizaria  um governo liderado pelo PS.
Porém, depois de o ouvir dizer que o PS só não era governo se não quisesse,  seria estranho que tal acontecesse.

quinta-feira, novembro 05, 2015

O abraço do urso

O cordão humano que pretendia ligar a sede do PS à  do PSD ficou curto.  Faltou poucochinho, dizem as notícias.

Não questiono a boas intenções das pessoas que se deram a este trabalho.
Mas de boas intenções está o inferno cheio. Se o PS caísse na esparrela de se aliar à PaF, morria politicamente ou, na melhor das hipóteses, ficaria tão debilitado que passaria pelo menos uma geração sem se aproximar do poder.
Este cordão é muito parecido com o abraço de um urso.

quarta-feira, novembro 04, 2015

O homem que se entregou a Deus

O novo ministro da administração interna saiu da idade média para tomar posse no governo PaF.



segunda-feira, novembro 02, 2015

Já nem o Marcelo lhes agrada

A direita radicalizou-se nos últimos quatro anos e só quem anda muito distraído pode estranhar que António Costa tenha recusado alianças com esta PaF.

Qualquer aliança, ainda que tácita, com a PaF prejudicaria  o PS muito mais do que os eventuais prejuízos que possam advir de um acordo com o PCP e o Bloco de Esquerda para apoiarem um governo liderado pelo PS. 

Talvez fosse mais cómodo ao Partido Socialista ficar-se por "abstenções violentas" permitindo à PaF mais quatro anos de empobrecimento do país,  como pretenderiam os órfãos de António José Seguro, que enquanto liderou o PS não fez mais do que abster-se violentamente.

Os que querem compromissos com esta direita, que já se sente incomodada por Marcelo Rebelo de Sousa se distanciar de Cavaco Silva  no apoio cego à PaF, até podem ter cartão de militante do PS, mas, objectivamente,  estão noutra barricada.  

domingo, novembro 01, 2015

O golpe de estado

Desde o 25 de Abril de 1974, nunca houve em Portugal um governo sem que tivesse uma maioria que o apoiasse no parlamento, ainda que pontualmente.
Ao querer governar contra a maioria do parlamento, que publicamente assumiu rejeitar o seu governo, a coligação PaF, e o presidente da República que defendeu tal solução, não levam em conta os votos dos eleitores que retiraram a maioria parlamentar à coligação PSD/CDS e proporcionaram uma alternativa formada pelo PS, Bloco de Esquerda e PCP.

Se o governo da PaF for rejeitado e o Presidente da República recusar um governo apoiado pela maioria do parlamento, como antidemocraticamente pretende a direita, não está apenas a violar a constituição, está a provocar um golpe de estado.