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sexta-feira, julho 22, 2005

Em bicos de pés

A Marques Mendes compete-lhe fazer oposição. É o que tem feito, apesar de nunca ter sido a oposição construtiva que prometeu quando foi eleito líder do PSD. Também não era de esperar.

Até agora tem repetido um discurso insonso e pouco convincente de cada vez que apresenta um candidato às autárquicas.

Ontem na RTP foi mais longe, dizendo: "Era bom que o senhor presidente tivesse uma palavra de aviso ao Governo. Lembro que, quando eu estava no Governo, o senhor Presidente disse que havia mais vida para além do défice. Talvez esteja na hora de dizer que há mais vida além do TGV e da Ota".

Passado este tempo todo, Marques Mendes não percebeu que, ao dizer que havia mais vida para além do défice, o presidente referia-se exactamente à necessidade de o governo a que Marques Mendes pertencia, além de tentar resolver o défice, que não conseguiu, não podia continuar com os discursos da tanga e descurar o desenvolvimento do país.

Apesar de se falar muito na construção do Aeroporto da Ota e o TGV, estes investimentos não representam mais de 10% do total previsto no plano que o governo de José Sócrates apresentou. Também por esta razão, afirmar que o TGV "é um insulto aos contribuintes portugueses", além de descarada demagogia, encobre uma mentira grosseira. Ambas são irmãs do obscurantismo e não são apanágio de oposições construtivas .

Quem insultou os portugueses foi o PSD ao indicar Santana Lopes para primeiro-ministro. Não contente com isso, fê-lo presidente do partido, e foi preciso o povo – que não os militantes do PSD – derrotá-lo nas últimas eleições para o PSD se livrar da desgraça que quis impingir ao país.

1 comentário:

  1. Além disso, seria muito bom que esse cavalheiro tratasse de resolver os problemas internos do seu partido, de modo a dar alguma credibilidade a essa agremiação...
    Quem de bom senso, poderá ouvir as suas atoardas sem sentido e sem fundamento, mantendo dentro de portas arguidos de crimes, loucos xenófobos e insanáveis incompetentes?
    Quem poderá levá-lo a sério?
    (jcm)

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