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quinta-feira, setembro 01, 2005

A figura


Paulo Morais (foto JN)

As suas declarações abalaram o complexo de interesses, mormente imobiliários, que domina as autarquias de norte a sul, sem distinção de partidos ou ideologias.
Além do já esperado ataque da Associação de Municípios, duma forma ou de outra, todos os partidos se distanciaram das posições de Paulo Morais, o que dá uma ideia da dimensão e da normalidade com que a cedência a interesses privados, nome que agora se dá à corrupção, é encarada neste país.

A convocação de Paulo Morais pelo DIAP não passa de uma rábula para disfarçar a indiferença com que o Ministério Público acompanha o dia a dia do país, recusando-se a investigar as negociatas urbanísticas que estão à vista de toda a gente, como seria sua obrigação.

Lá fora já se sabe que Portugal tem um caso sério de corrupção. Estudos há que a consideram o principal entrave ao desenvolvimento do país. Porém, cá dentro, a cumplicidade dos nossos políticos ou a nega, ou espera apanhar os corruptos em flagrante…

É por isso que nos solidarizamos com Paulo Morais e com todos os que venham seguir-lhe o exemplo.

1 comentário:

  1. Algum dia teremos que acabar com este cancro.
    Queixávamo-nos dos fascistas que, coniventes uns com os outros, iam enriquecendo à custa de todos.
    Não podemos, nem devemos queixar-nos da democracia. Mas temos, seguramente, que acabar com os corruptos e com os corruptores. A começar com a forma como se gasta tanto dinheiro inútil com agremiações que, por vezes, mais parecem associações de malfeitores...
    Confesso que não estou disposto a continuar a servir de escadote para imbecis e incompetentes.
    Já reparaste que este cavalheiro só falou quando perdeu o tacho?!?!?!
    (jcm)

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