domingo, fevereiro 12, 2006

A César o que é de César

A notícia do Expresso, sobre avocação da administração do Santuário de Fátima pelo Vaticano, trouxe para a opinião pública a discussão sobre o destino, no futuro, dos vinte milhões de euros de receita anual do Santuário.

Mesmo os crentes poderão questionar se esta medida não contraria as intenções da Virgem, que escolheu as faldas da Serra de Aire – e não as margens do Lázio – para entregar a sua mensagem.

A comparação desta exorbitância do Vaticano, com o controlo exercido pelas multinacionais sobre as suas representações no estrangeiro, é inevitável.

Deus não se confunde com César, mas a tentação é antiga.

1 Comentários:

Às 13/02/06, 12:08 , Blogger j disse...

Afinal, parece que não é verdade que o Vaticano venha mesmo a ter um representante permanente em Fátima.
Causa, porém, uma certa estranheza a existência deste tipo de informações que aperecem, de vez em quando, na imprensa. De onde virão?! Com que objectivos?! Seria muito interessante descobrir a origem destes boatos.
A quem pode causar pruridos que haja muçulmanos, budistas, protestantes ou praticantes de outra qualquer religião a rezar ou simplesmente a meditar, em pleno santuário? Devem ser os mesmos para quem a verdade é uma só, da qual eles próprios se acham os detentores!!! Então agora, o santuário de Fátima deveria ser um feudo exclusivo de católicos?! Então a mensagem não tem como destinatários todos os homens? Então Jesus veio apenas para salvar os católicos? E Nossa Senhora terá feito profissão de fé católica? Será que desconhecem que os muçulmanos também a veneram e que o Alcorão fala nEla?!
Eu julgava que iam muito lonje os tempos em que Fátima era uma boa causa do ultra-nacionalismo à portuguesa!!!

 

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