sábado, abril 29, 2006

Num belo dia...

Alberto João Jardim cairá de uma cadeira e será substituído por um dos seus delfins, provavelmente Jorge (Jaime?) Ramos. Depois, numa madrugada, um grupo de militares fará uma revolução e acabará por instaurar a democracia. Vão ver que vai ser giro. Nós, aqui no Continente, gostámos”.
(Ricardo Araújo Pereira – Visão)

sexta-feira, abril 28, 2006

Reencontros


Naqueles almoços recuperam o tempo que se esvaiu na memória dos dias que passaram juntos e cantam hinos que lembram os tempos em que nem tudo se podia cantar.
Entre eles já não há cabos nem alferes, mas ainda repartem o pão como se fosse a última ração de combate.

Lá estaremos com os camaradas da Companhia de Artilharia 1523 ( Angola 66-68), no dia 30, em Ovar.

quinta-feira, abril 27, 2006

Inspiração


By Patrícia

Tenho lido muitas explicações para justificar a deterioração da qualidade do que se escreve nos blogues.
Pela minha parte, não há desculpa, estou a pintar a casa.

quarta-feira, abril 26, 2006

Os cravos são de esquerda?

Internacionalmente, o levantamento do 25 de Abril é conhecido como a revolução dos cravos. A história já entrou na lenda: Uma senhora, que por acaso comprara naquele dia um molho de cravos para um aniversário lá no escritório, ficou com eles nos braços porque a revolução estava na rua e a empresa não abriu.
Sensibilizada pelo ar preocupado daqueles rapazes de quico e fato zuarte, que tratavam as G3 como quem nunca deu um tiro, instintivamente, a senhora começou a oferecer-lhes os cravos.
O sorriso dos militares esvaziou-lhe o regaço e bastou que um soldado enfiasse um cravo no cano da espingarda para o gesto se espalhar por toda a tropa.
Naquele dia esgotaram as floristas e por mais cravos que houvesse não chegariam para a multidão que os procurava.
Desde então, os cravos são de Abril e não se confundem com os crisântemos de Novembro.

terça-feira, abril 25, 2006

A culpa



A culpa da República foi a Monarquia.
A culpa do Estado Novo foi a República.
A culpa do 25 de Abril foi o Estado Novo.
A culpa da democracia é o 25 de Abril.

Uma boa notícia

A fuga dos patrocínios de programas como o "Circo das Celebridades" é uma boa notícia.

Sonhos proibidos


(lolita - Blogame mucho)

segunda-feira, abril 24, 2006

"Os caminhos de Katmandu"

Longe vão os tempos em que “os caminhos de Kathmandu” inspiravam os artistas e convidavam à meditação. Agora os fumos da guerra pairam sobre os Himalaias e quem por lá passa só ouve os gritos dos feridos e agonizantes.
Encravado entre a China (Tibete) e a Índia, países que se perfilam como as grandes potências do século XXI, era fatal que a influência destas repúblicas se fizesse sentir no obsoleto reino do Nepal.
Em Pequim, ainda se respeita a memória de Mao Tse Tung e por enquanto ninguém se atreve a criticar os maoistas nepaleses. Mas Nova Deli nunca apreciou o bafo do dragão chinês e preferirá no Nepal uma democracia selectiva, como a que a Índia herdou dos ingleses.
O drama é que nenhum dos modelos parece encaixar nos planos do monarca nepalês que continua a apostar nas cargas policiais para calar a contestação das ruas.
Porém, os mortos já são demais para sair vitorioso.

domingo, abril 23, 2006

Campeão

O Porto é campeão. Foi a equipa mais regular do campeonato e o título assenta-lhe bem. Parabéns!
Como habitualmente, os slogans que acompanham a vitória azul e branca assumem o bairrismo como expressão. “Goste-se ou não, o F. C. Porto é hoje a maior instituição da cidade e a única que consegue levar à rua milhares de pessoas em celebração”, Jornal de Notícias dixit.
Talvez seja por isso que não falta quem queira extravasar as consequências desta vitória para além do futebol.
Felizmente há jogos em que os árbitros somos todos nós e não se ganham a penalties.

sábado, abril 22, 2006

Voar


By Patrícia


Nem todas as aves voam por cima das nuvens, mas os homens fazem-no todos os dias.
Boas viagens para quem aproveitou os feriados que aí vêm, e as pontes associadas.
Barcelona é uma boa hipótese, e até dá para ver o Deco, Ronaldinho & companhia eliminar o Milan.

sexta-feira, abril 21, 2006

"Quando os lobos uivam"

Que não me levem a mal os adaptadores do romance de Aquilino, mas gostei sobretudo dos cenários.
Há muito que ando desavindo com a programação televisiva, mas felizmente alertaram-me para o que se estava a passar na RTP1. As imagens mostravam paredes de granito que falavam de vidas passadas, e o rio que abria caminho aos trambolhões de fraga em fraga só podia ser o Côa, cujas margens preenchiam os horizontes da minha infância.

Para filmar “Quando os lobos uivam” não se arranjava melhor cenário do que as cantarias de Almeida e Sortelha, nem há rio mais genuíno do que aquele que um dia virou costas a Castela (Tratado de Alcanizes) e ainda hoje surpreende quem atravessa a fronteira.

Desertificadas as nossas terras, os “Lobos” emigraram entretanto para os arrabaldes citadinos, e aí uivam desesperados e nostálgicos”, escreve Telmo Cunha.
Que me perdoe este companheiro distante dos bancos de escola que nunca precisou de sair da sombra das muralhas da sua querida Almeida. Os verdadeiros lobos não lambem as mãos a ninguém e preferem o cheiro amargo da giesta às xaropadas com sabor fruta.

quinta-feira, abril 20, 2006

Excesso de peso

Segundo dizia ontem Lobo Xavier na Quadratura do Círculo (qualquer dia escrevo “Circo”), os líderes parlamentares apenas contam com 20% dos deputados da sua bancada para trabalhar. Aos outros 80% não reconhecem competência para assumir responsabilidades.

Não me atrevo a propor uma redução de 80% no número dos deputados, mas, se a relação for realmente aquela, é gordura a mais para tão pouca febra, e essa história de emagrecer o Estado, eliminando as adiposidades do orçamento, também se devia aplicar aqui.

quarta-feira, abril 19, 2006

Ainda Angola



Segundo a OMS, nos últimos três meses foram registados em Angola mais de 12.000 casos de cólera de que resultaram 576 mortos.

Cerca de metade dos registos dizem respeito a Luanda, uma cidade rodeada de musseques onde higiene e saneamento básico são palavras sem sentido.

Ainda não chegámos aos números de 1987 (1460 mortos) mas enquanto o dinheiro do petróleo for esbanjado em obras faraónicos de imortalização de personalidades do regime, como é exemplo o desmesurado mausoléu de Agostinho Neto, cuja altura ameaça o tráfego aéreo, continuarão a faltar as verbas para abastecer Luanda de água potável e acabar com os esgotos a céu aberto.

terça-feira, abril 18, 2006

É tempo de meruges


stellaria media

Morugem, murugem, meruge, merugem. “Planta herbácea, da família das Cariofiláceas (stellaria media), frequente em Portugal, nos campos cultivados e incultos” (www.infopedia.pt).
Aparece com a Primavera e apanha-se nas regueiras e valados por esses campos fora. Não se vende nos supermercados, mas é uma salada divinal.

segunda-feira, abril 17, 2006

Notícias do dia

Infelizmente são estas: - Atentado suicida em Telavive
- Israel vai dar resposta ao atentado de Telavive

domingo, abril 16, 2006

Uma vela no Rossio

O blogue Rua da Judiaria tem vindo a pedir aos seus leitores que no dia 19 acendam uma vela no Rossio para lembrar as vítimas dos tumultos ocorridos em 1506.

Era ainda a ressurreição de Jesus, algo em que os judeus não acreditam, que se celebrava naquele domingo de pascoela, 19 de Abril. A peste assolava Lisboa e o medo enchia as igrejas rezando por um milagre que acabasse com o flagelo que matava mais de 100 pessoas por dia. Na luz que aparecia sem explicação num altar da Igreja de S. Domingos o povo viu o sinal por que ansiava.
Mas há sempre quem ponha em causa a fé dos crentes e logo havia de ser um cristão-novo a negar aquilo em que todos queriam acreditar. Não foi difícil convencer a turba fanatizada de que aqueles que duvidavam dos milagres de Deus eram a causa do castigo divino, a peste. E por três dias o ódio varreu da cidade.
Segundo alguns, terão morrido 4000 pessoas, na sua maioria cristãos-novos, ou 2000, segundo outros. Em qualquer caso uma chacina.

Estas vítimas merecem ser lembradas, mas a memória dos mortos de há 500 anos não pode servir para afrontar os vivos.
Por herança, não há ninguém inocente desde Caim.

sábado, abril 15, 2006

O papel dos manuais escolares

Há muito que os manuais escolares entraram no anedotário nacional pela indigência do seu conteúdo. Desde a reprodução de textos de telenovelas, em prejuízo de escritores consagrados, até aos erros clamorosos sobre acontecimentos e figuras históricas, os mais improváveis disparates têm sido editados com a chancela de “manual escolar”.

Tudo isto em nome de uma autonomia à rédea solta, como se os nossos filhos tivessem de ser cobaias da ignorância de qualquer mestrando que não presta contas a ninguém.

Por isso, como felizmente tem acontecido relativamente a outras matérias, esteve muito bem o Ministério da Educação em definir normas para garantir a qualidade dos manuais escolares, fazendo-os aprovar por gente de mérito reconhecido.

Os Pais e os professores aplaudiram a medida, mas era de esperar a oposição dos editores que classificam de estalinista a política do Ministério da Educação.
Para além de ridícula, a contestação não disfarça a única preocupação da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros: vender papel, sem atender ao conteúdo.

Serviço combinado


By Patrícia

sexta-feira, abril 14, 2006

Política - as palavras e os actos

Certamente desagradado com a desorientação de Marques Mendes, que não atina na forma (e ainda menos no conteúdo) de fazer oposição, José Pacheco Pereira achou por bem dar-lhe umas dicas (“Políticas para fazer oposição”).

O PS ocupou “o espaço onde tradicionalmente habitava o PSD”, afirma JPP, questionando “como se pode fazer oposição contra um governo que parece realizar com mais determinação as reformas que sempre foram defendidas pelo PSD?”
Nem parece ter sido ele que afirmou que “nem Santana Lopes, nem Sócrates são boas moedas. São as duas faces da mesma moeda má. É no PSD que se pode encontrar a boa moeda.”
Certamente já se esqueceu, mas é legitimo questionar a sua sinceridade e a dos dirigentes do PSD, pois sendo o partido que mais tempo exerceu a governação, tiveram tempo de sobra para pôr em prática as reformas que agora não conseguem combater. Mas vamos aos conselhos:

É preocupante que JPP aborde a política externa como principal alternativa de combate da oposição. A política externa é uma área de consensos e não pode servir para manobras oposicionistas. Será porque em Belém mora agora Cavaco Silva? A perspectiva é intrigante, mas não deixa de ser sintomática do vazio de que enferma o PSD, também em política externa.

Depois de sobrevoar o Iraque, a Bósnia e os PALOPS, JPP aterra em Espanha para criticar José Sócrates por não aproveitar os “estragos” causados por Zapatero na política de “grande potência” seguida por Aznar. Quererá aproveitar as supostas debilidades externas de Espanha para recuperar Olivença? Noblesse oblige, mas não é preciso exagerar…

De seguida aborda as relações com a União Europeia e os Estados Unidos mas aqui esbarra com um grave problema: “sei mais o que pensa o PS de Sócrates (que não é o mesmo do PS de Gama), do que sei o que pensa o PSD, porque este deixou degradar o seu pensamento com medo da impopularidade de algumas posições que nunca defendeu como devia – como seja a participação de Portugal na cimeira dos Açores.”

Ficámos a saber como se degradou o pensamento do PSD, mas se JPP já não sabe o que pensa o seu partido, porque será que continua a aconselhar os portugueses a votar nele?

Quanto à comunicação social, JPP reconhece que o PSD “enquanto governo foi tão estatista como o PS”. Se JPP abdicasse do cartão de militante, a apreciação seria menos lisonjeira para o PSD.

Aborda ainda o ambiente, as novas realidades da economia, as corporações universitárias, o desemprego, a conflitualidade social. Muito do que diz JPP estaria certo, se o PSD que os portugueses conhecem correspondesse ao que existe na sua cabeça. Porém, apesar dos seus esforços para mudar o PSD, a verdade é bem diferente, e o conglomerado de interesses que faz gato-sapato da democracia na Madeira e indigitou Santana Lopes para Primeiro-ministro já demonstrou por várias vezes estar-se nas tintas para as suas ideias.
Se JPP quer continuar a fazer-lhe o frete, está no seu direito, mas não espere conforto noutros lados.

quinta-feira, abril 13, 2006

A Grande Ponte

Para que servem os discursos do rigor, do sentido de estado, da contenção, ou da produtividade, se os deputados da Nação começam a debandada da Páscoa à quarta-feira e paralisam Parlamento?

Parabéns

Num tempo em que várias blogues se transformam em buracos negros, são de realçar os que se mantêm activos, mesmo que intermitentes.
Parabéns ao Anjos e Demónios pelo primeiro aniversário.

quarta-feira, abril 12, 2006

Por falar em crianças, eis um craque...






By Patrícia

A barbárie aqui tão perto...

O acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que considera “lícito” e “aceitável” fechar crianças em quartos escuros, ou amarrá-las de pés e mãos para não incomodar quem dorme, objectivamente, é um incentivo à violência sobre as crianças.

terça-feira, abril 11, 2006

Como nos filmes


Bernardo Provenzano (il boss dei boss), capturado hoje, a poucos quilómetros de Corleone (Sicília).

Era procurado há 40 anos.

Fair Play

"Berlusconi rejeita resultados oficiais e exige recontagem dos votos nas legislativas italianas"

segunda-feira, abril 10, 2006

Já o tinhamos avisado




"Le premier ministre, Dominique de Villepin, a fait une brève déclaration, lundi matin, pour confirmer la fin du CPE. "Les conditions nécessaires de confiance et de sérénité ne sont réunies ni du côté des jeunes, ni du côté des entreprises pour permettre l'application du contrat première embauche", a-t-il indiqué d'un ton grave ". (Le Monde)

Como previramos...

domingo, abril 09, 2006

A decisão

Silvio Berlusconi ou Romano Prodi?
Os italianos decidem hoje se continuam com o populismo mediático ou preferem no poder um homem discreto, sóbrio e muito menos interessante para as manchetes.

sábado, abril 08, 2006

O que faz falta

Pacífico, pero masivo"; “la mayor comitiva lusa de la historia en Angola”. É assim que o “El País” classifica a visita de José Sócrates a Angola (“la más rica colonia lusa de ultramar”).

Das antigas colónias portuguesas de Africa, Angola é o país cuja cultura social está mais próxima dos valores europeus. Porém, é a única que ainda não se livrou da crispação que caracterizou o relacionamento das ex-colónias com a antiga potência, nos anos que se seguiram à independência.

Diversos factores têm contribuído para esta situação. Desde logo a guerra civil, que terminou apenas há quatro anos e criou divisões de ambos os lados. O poder constituído em Luanda nunca viu com bons olhos a simpatia de algumas figuras politicas pela UNITA, nem aprecia as opiniões da imprensa portuguesa.

Por outro lado, a ajuda portuguesa nunca foi essencial para o Futungo de Belas.
Ao contrário dos outros países africanos de expressão portuguesa, a Angola nunca faltaram as divisas do petróleo para importar os bens de que a sua elite política nunca prescindiu. Se esses bens não chegavam aos milhões que pululam nos musseques, isso é outra história.

Acresce que o sistemático adiamento da democratização do regime não se deve apenas a dificuldades burocráticas e administrativas, embora existam. Já ninguém duvida que Angola disputa ao seu vizinho sul-africano o estatuto de potência regional e ainda está por saber se a ausência de José Eduardo dos Santos da posse de Cavaco Silva teve algo a ver com a presença do seu homólogo da Africa do Sul.
Resumindo: Portugal não é, e até agora nunca foi, uma prioridade na estratégia das relações externas de Luanda.

No plano interno, enquanto o MPLA não se desmilitarizar, a democracia continuará a ser uma miragem e, se o Primeiro Ministro português ainda andava no liceu quando a guerra colonial acabou, à sua espera estavam ainda os guerrilheiros de 1974 que receiam dar ao povo o direito de os substituir.

sexta-feira, abril 07, 2006

Ler também

O Besugo (que falta me faz uma veia assim…) explica-nos que a Suíça é “basicamente um conjunto de bancos em que se pode pôr e tirar dinheiro pouco limpo sem que se façam grandes perguntas a quem lá o põe”; a China apenas “o maior exportador de chineses que há”; e, para os que ainda não sabiam, esclarece que os americanos “são uma espécie de António Variações…”

Ler tudo no Blogame mucho.

A Ler...

"Boys, Bola, Betão, Bidarra e Bílis"

(Joana Amaral Dias - "Bicho Carpinteiro")

quinta-feira, abril 06, 2006

Santos e Beatos

O país vira-o na SIC Noticias, muito composto, falando de santos tu cá tu lá, tratando a entrevistadora com a sobranceria complacentemente com que se disfarça a irresponsabilidade.
Ontem, no Parlamento, vimo-lo atacar a Constituição que garante a liberdade e a democracia dos portugueses, exorcizando-a como se tivesse sido inspirada pelo próprio belzebu.

Paulo Portas devia ler o livro que publicitou na televisão (“Como se faz um santo” - José Saraiva Martins) pois, apesar da demagogia, ainda há quem distinga os santos dos beatos…

"O Fundador", ou "O Estropiado"?

Em primeiro lugar, facto que não se pode desdizer nem ocultar, D. Afonso (Henriques) nasceu estropiado.”
Um romance de Adosinda Bessa Luís, ou a verdade histórica sob a capa da ficção?
Em fascículos no Abrupto.

quarta-feira, abril 05, 2006

Serviços mínimos

Quando, no final do ano lectivo passado, o governo decretou que a realização dos exames do ensino secundário devia ser garantida no âmbito dos serviços mínimos, o sindicato dos professores, que tinha marcado greve para esses dias, recorreu aos tribunais, mas não lhe deram razão.


Também o sindicato “Comisiones Obreras”, que marcou para hoje uma greve dos trabalhadores da TVE, não gostou que o “Tribunal Supremo” de Espanha decidisse que “el partido entre el Barcelona y el Benfica es un servicio esencial y debe ser retransmitido en RTVE”.

De facto, por muito legítimos que sejam os interesses das corporações, ou de grupos específicos de trabalhadores, os meios usados para a sua defesa não podem resultar em prejuízo grave para o interesse geral.

Boa Viagem!


(Hoje há mais alegria na cidade...)

By Patrícia

terça-feira, abril 04, 2006

Cicatrizes

Segundo noticiou o jornal “Le Monde”, o rei João Carlos foi recebido com simpatia por sobreviventes republicanos que se refugiaram em Toulouse no fim da guerra civil de Espanha.
As feridas já sararam na memória dos seus descendentes, mas a sua luta não terá sido em vão: Apesar da Espanha não ser uma república, foi a democracia que sucedeu ao ditador que combateram.

No momento em que as fricções provocadas pelas alterações ao Estatuto de Autonomia da Catalunha ameaçam o equilíbrio politico de Espanha, a atitude destes veteranos é um incentivo para se prosseguir no doloroso processo de reconciliação da sociedade espanhola, em que a aposta no diálogo para acabar com o terrorismo da ETA é um factor decisivo.

segunda-feira, abril 03, 2006

Face lift


A idade não perdoa.

"As escolhas de Marcelo"

Semanalmente, ao cair da noite de domingo, o país ajoelha à frente do televisor, esperando que as sábias palavras de Marcelo Rebelo de Sousa façam luz sobre os acontecimentos nacionais e internacionais. Sobre cada um, o professor tem uma opinião, dá um conselho, apoia, ou condena.

Porém, Ana Sousa Dias não se entusiasmava com as suas prestidigitações nem colaborava na encenação dos números de magia. O seu distanciamento isolava-o, fazendo-o sentir o peso do que dizia. O professor não gostou e ontem apareceu com outra companhia.
Maria Flor Pedroso mostrou-se mais atenta às deixas e fez brilhar o artista.
O professor sabe escolher.

sábado, abril 01, 2006

Estados dentro do Estado

A Polícia Judiciária infectou literalmente os noticiários com a questão da Interpol e da Europol.
Não sei de que lado está a razão, mas não havendo factos novos a justificá-lo, se a PJ obrigou o governo a rever as suas decisões, o país que se cuide.
Há muitos Estados dentro do Estado.