“Acabou de limpar a gilete e lavou-se com água fria. Chegara o momento da suprema ablução. Sacudiu um frasco e recolheu algumas gotas na concha da mão esquerda. Num gesto refinado de muitos anos, Américo Salgado esfregou a cara com as duas mãos, espalhando o líquido uniformemente enquanto soprava o espelho. “O que arde cura!” lembrou-se, quando acabou de dar as palmadinhas nas faces. Nem o bálsamo exótico dum marajá lhe saberia tão bem como aquele desinfectante descoberto numa drogaria do Alto do Pina. Rigorosamente, era álcool!”
(in “Rua do Arsenal”)
(in “Rua do Arsenal”)
muito boa, esta passagem.
ResponderEliminarabraço,
patrick