A reacção de Cavaco Silva, ameaçando com uma crise política, e a indisfarçável contrariedade que soprou do lado do PSD pelo relativo sucesso da colocação da dívida portuguesa no leilão realizado ontem, não podem ser relativizadas e têm de ser tidas muito em conta pelos portugueses sobre o que vai acontecer nos próximos meses.
O PSD será provavelmente o vencedor em futuras eleições legislativas. Apesar disso, está aterrorizado com a perspectiva de o actual governo conseguir manter o FMI fora de portas.
A razão é simples e seria bom que todos aqueles que andam a pôr providências cautelares para obstar às medidas de austeridade encarassem de frente a realidade: Para combater a crise, o PSD não tem alternativa às políticas do governo e não foi por acaso que viabilizou o orçamento.
Se o PSD fosse para o governo, manteria no essencial essas medidas, mas não evitaria o aumento da pressão dos mercados que a crise política provocada pela queda do actual governo acarretaria. Tanto interna como externamente, Passos Coelho e Cavaco Silva seriam apontados como responsáveis e o descrédito acompanhá-los-ia. Por isso, nem um nem outro quer eleições, a não ser que… venha o FMI.
Como o sucesso do leilão de ontem tornou mais remota essa hipótese ficaram alarmados, e, numa atitude que não se estranharia em Miguel de Vasconcelos, tudo fazem para inverter a tendência de confiança que esse facto provocou nos mercados.
A traição pode ter muitas máscaras, mas não deixa de ser traição.
O PSD será provavelmente o vencedor em futuras eleições legislativas. Apesar disso, está aterrorizado com a perspectiva de o actual governo conseguir manter o FMI fora de portas.
A razão é simples e seria bom que todos aqueles que andam a pôr providências cautelares para obstar às medidas de austeridade encarassem de frente a realidade: Para combater a crise, o PSD não tem alternativa às políticas do governo e não foi por acaso que viabilizou o orçamento.
Se o PSD fosse para o governo, manteria no essencial essas medidas, mas não evitaria o aumento da pressão dos mercados que a crise política provocada pela queda do actual governo acarretaria. Tanto interna como externamente, Passos Coelho e Cavaco Silva seriam apontados como responsáveis e o descrédito acompanhá-los-ia. Por isso, nem um nem outro quer eleições, a não ser que… venha o FMI.
Como o sucesso do leilão de ontem tornou mais remota essa hipótese ficaram alarmados, e, numa atitude que não se estranharia em Miguel de Vasconcelos, tudo fazem para inverter a tendência de confiança que esse facto provocou nos mercados.
A traição pode ter muitas máscaras, mas não deixa de ser traição.
Se os "pobres diabos" que votarão no analfabetinho tivessem um bocadito só de bom senso, saberiam que ele fará de todos nós gato-sapato e que os sacrifícios serão bem mais pesados que os actuais. Saberiam que essa é a atitude de todos os partidos/governos reacionários e conservadores.
ResponderEliminarMas os "pobres diabos" não sabem senão o que os senhoritos traidorzecos da imprensa terrorista lhes impingem. E else, coitados, não sabem pensar...