A grande evasão

Durante cinco anos, Pedro Passos Coelho não pagou as contribuições devidas à Segurança Social. Ao contrário do que ele e o totó que o CDS pôs no ministério da Segurança Social andam a propagandear, Passos Coelho não tinha de ser notificado para pagar a dívida que acaba de liquidar em Fevereiro, apenas quando os jornais começaram a investigar a evasão fiscal do primeiro-ministro.

Passos confessou que só soube da dívida  em 2012, o que é legalmente indiferente, já que a ignorância da lei não isenta da responsabilidade do seu incumprimento. Porém, apesar de já o saber desde 2012, só agora pagou... 

Passos Coelho justifica-se dizendo que estava a pensar pagar quando já não fosse primeiro-ministro, o que seria uma desculpa esfarrapada, se não fosse insultuosa para com os outros contribuintes para quem a fiscalização fiscal não é tão benevolente.

Mas há mais: A dívida já tinha prescrito e “como é que se paga voluntariamente uma dívida prescrita?”, pergunta, perplexo, o professor Marcelo Rebelo de Sousa que questiona também, “como é que é possível em Portugal, as pessoas irem para primeiro-ministro e não haver uma investigação cuidadosa daquilo que pagaram e não pagaram de impostos e de segurança social anteriormente?”

Pois...