A morte de João Paulo II vai dar azo a declarações apologéticas sobre a sua passagem pela cátedra de S. Pedro. Umas serão mais sinceras do que outras, mas todas reconhecerão a importância do seu pontificado, cada uma relevando os aspectos mais conformes com as opiniões dos autores. Daí não vem mal ao mundo.
Menos saudável é o radicalismo dos que aproveitam a sua morte para desfraldar a bandeira do fundamentalismo religioso.
Menos saudável é o radicalismo dos que aproveitam a sua morte para desfraldar a bandeira do fundamentalismo religioso.
"A guerra nunca é uma fatalidade. Ela é sempre uma derrota da humanidade. O direito internacional, o diálogo franco, a solidariedade entre os Estados, o exercício tão nobre da diplomacia, são os meios dignos do homem e das nações para resolver as suas contendas (...)
ResponderEliminarE que dizer das ameaças de uma guerra que se poderia abater sobre as populações do Iraque, terra dos profetas, populações já extenuadas por mais de doze anos de embargo? A guerra nunca pode ser considerada um meio como outro qualquer, que se pode usar para regular os diferendos entre as Nações. Como recordava a Carta da Organização das Nações Unidas e o Direito Internacional, não podemos recorrer a ela, mesmo quando se trata de garantir o bem comum, a não ser como última possibilidade segundo condições muito rigorosas, sem negligenciar as consequências para as populações civis durante e depois das operações militares"
(excerto do discurso de 13 de Janeiro de 2003, ao corpo diplomático)
Digam o que disserem os oportunistas, os mentecaptos ou os simplesmente maldosos ou incompetentes, este Papa foi um dos grandes Papas da Igreja e um dos grandes Homens do seu(nosso) tempo.
Aqui me confesso: eu até estou à vontade para o dizer, já que critiquei algumas suas acções, no início do seu pontificado...
(jcm)