sexta-feira, outubro 21, 2005

Linha de partida

Se todas as campanhas eleitorais se devem pautar pela elevação cívica, a campanha para a eleição do mais alto cargo da nação obriga ao respeito mútuo entre os candidatos, e à contenção dos respectivos apoiantes. As rasteiras, os insultos e as mentiras dirigidas a um candidato ferem a dignidade institucional da Presidência da República.

Nesta campanha, a comunicação social deveria pôr de lado os episódios de baixa política com que entretém o povo e realçar as causas de interesse nacional.

Na blogosfera a campanha está marcada pelo maniqueísmo e já vai adiantada. Se Cavaco Silva é honesto, os outros não têm de ser corruptos. Se Mário Soares ou Manuel Alegre são democratas, isso não pode significar que Cavaco Silva o seja menos.

Haja lealdade! Todos lutam por um país melhor e alguns até têm provas dadas. A nossa preferência não obriga necessariamente ao desmerecimento dos outros.

1 Comentários:

Às 21/10/05, 16:05 , Blogger j disse...

Necessariamente, não. Tens razão...
Mas quando aparece um candidato que se apresenta como "não político" (estará atacado de Alzheimer?!), como o homem que vem equilibrar as Finanças públicas, como o salvador da Pátria moribunda, como um homem acima de qualquer suspeita, como um "mártir" que tudo vai sacrificar no altar da Pátria, isso faz-me lembrar alguma coisa que já testemunhei...
E a verdade é que eu não tenho culpa de não ter memória curta e de ter conhecido bem de mais o outro que veio com as mesmas intenções...
O povo costuma dizer: "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és...".

 

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