Doença crónica
José Pacheco Pereira acha que o CDS/PP foi atingido por uma doença terminal e augura-lhe um fim próximo. Sobre o PP/PSD, reserva o prudente silêncio, apesar de estar aos olhos de toda a gente que também não vende saúde. Mas eu não diria tanto.
Infelizmente para o povo português, o que afecta a direita portuguesa não é uma doença terminal, é uma doença crónica e já vem de séculos. Ao contrário da direita europeia e do correspondente republicanismo americano, a direita portuguesa não se limita a ser conservadora: mobiliza-se por causas retrógradas e luta activamente contra o progresso social.
O seu apoio à contestação do encerramento das maternidades que não têm condições técnicas para funcionar é um caso exemplar. Os argumentos que a suportam e as reacções trauliteiras a que vimos assistindo só encontram paralelo no levantamento da Maria da Fonte, quando o clero mais reaccionário e o obscurantismo dos miguelistas vencidos se aliaram à ignorância e à superstição populares contra as leis que proibiam o enterramento dos cadáveres nas igrejas.
Também então estava em causa a saúde pública, mas, tal como agora, a direita não hesitou em apadrinhar uma causa retrógrada, empurrando o povo para um beco sem saída. Felizmente os liberais não recuaram, avançando com reformas que se impunham há séculos, arrancando finalmente o país às trevas da Idade Média.
Esperemos que este governo tenha a mesma coragem e não ceda à chantagem do CDS/PP e do PPD/PSD cuja política se identifica cada vez mais com o retrocesso do país. São eles a voz da direita que desde o fim da segunda guerra mundial impede Portugal de acertar o passo com a Europa, não só pelo lado económico.
Algumas pessoas honestas que militaram nesses partidos reconhecem isso mesmo: “Durante anos acreditei que era possível pôr em prática uma política social de combate à pobreza e às desigualdades, a partir de partidos de centro-direita…ao fim de 20 anos, cheguei à conclusão de que não é possível fazer uma política audaciosa a partir de partidos centro-direita” (Freitas do Amaral, entrevista ao suplemento "Unica" do Expresso – via Causa Nossa).
Infelizmente para o povo português, o que afecta a direita portuguesa não é uma doença terminal, é uma doença crónica e já vem de séculos. Ao contrário da direita europeia e do correspondente republicanismo americano, a direita portuguesa não se limita a ser conservadora: mobiliza-se por causas retrógradas e luta activamente contra o progresso social.
O seu apoio à contestação do encerramento das maternidades que não têm condições técnicas para funcionar é um caso exemplar. Os argumentos que a suportam e as reacções trauliteiras a que vimos assistindo só encontram paralelo no levantamento da Maria da Fonte, quando o clero mais reaccionário e o obscurantismo dos miguelistas vencidos se aliaram à ignorância e à superstição populares contra as leis que proibiam o enterramento dos cadáveres nas igrejas.
Também então estava em causa a saúde pública, mas, tal como agora, a direita não hesitou em apadrinhar uma causa retrógrada, empurrando o povo para um beco sem saída. Felizmente os liberais não recuaram, avançando com reformas que se impunham há séculos, arrancando finalmente o país às trevas da Idade Média.
Esperemos que este governo tenha a mesma coragem e não ceda à chantagem do CDS/PP e do PPD/PSD cuja política se identifica cada vez mais com o retrocesso do país. São eles a voz da direita que desde o fim da segunda guerra mundial impede Portugal de acertar o passo com a Europa, não só pelo lado económico.
Algumas pessoas honestas que militaram nesses partidos reconhecem isso mesmo: “Durante anos acreditei que era possível pôr em prática uma política social de combate à pobreza e às desigualdades, a partir de partidos de centro-direita…ao fim de 20 anos, cheguei à conclusão de que não é possível fazer uma política audaciosa a partir de partidos centro-direita” (Freitas do Amaral, entrevista ao suplemento "Unica" do Expresso – via Causa Nossa).
Cavaco Silva também já terá chegado à mesma conclusão, mas...
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