terça-feira, maio 02, 2006

Samora Correia no Guiness

Da festa brava aprecio a arte e a coragem dos profissionais, mas não dou valor a espontâneos que contam com a sorte para compensar a falta de preparação.
As largadas que agora se fazem afastaram-se da tradição que lhes deu origem. Antes de haver camiões, os touros vinham para as corridas pelo próprio pé, enquadrados por cavaleiros que os traziam dos campos. Os peões ficavam de longe a observar, mas quando o primeiro peão escorregou da paliçada e fugiu à frente dos touros a populaça delirou.
Ao contrário da forca e dos autos de fé, nestes espectáculos nem sempre a vítima tem a morte por garantia, mas a agonia que a perseguição do touro proporciona leva ao êxtase a multidão.
Ontem, em Samora Correia, o espectáculo foi completo: aos feridos perdeu-se a conta e até houve um morto.

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