quarta-feira, abril 22, 2009

Chamar os bois pelos nomes

O caminho estava minado de sound bites (em português, conversa da treta), mas o Primeiro-ministro escolheu outro caminho, confrontando os adversários de hoje e de ontem com as próprias contradições.

Sobre o Presidente da Republica, embora a insistência no tema o obrigasse a repetir-se inúmeras vezes, disse apenas que não acredita que Cavaco Silva se deixe instrumentalizar pela oposição. Por outras palavras, quem não quer ser lobo não lhe veste a pele

Relativamente aos investimentos públicos explicou como a auto-estrada rosa é, afinal, laranja e aconselhou jornalistas e tutti quanti a consultar os estudos dos custos e beneficios disponíveis na internet, mas foi lembrando que para alguns governos de outrora isso eram minudências. À bon entendeur...

Quanto à crise, recordou que o importante é apoiar as empresas e ajudar os mais pobres. Apostar na desgraça nunca foi solução, por muito que doa à algazarra que por aí vai.

Sobre o Freeport disse aquilo que toda a gente já sabe, mas o jornalismo de investigação tarda em descobrir: na génese do processo houve motivações politicas para favorecer o PSD e o CDS.

Chamar os bois pelos nomes, é como os portugueses gostam de saber a verdade.

1 Comentários:

Às 24/04/09, 01:00 , Anonymous Anónimo disse...

Sócrates esteve bem na entrevista mas as entrevistas ou os debates parlamentares não são o problema do nossa engenheiro.
o problema é que o nosso primeiro está sem rumo e sem ideias.
vai largando umas medidas avulsas sem nexo e sem articulação.
por exemplo, em vez de andar a financiar o desemprego não deveria antes financiar o trabalho?
como? cada micro e pequena empresa que contratasse sem termo nos proximos 30 dias 3 dempregados ou jovens ficava isenta do pec durante 3 anos, ficava com uma conta corrente com o estado para recuperar iva mais rápido e durante 2 anos ficava isenta de contribuições para a seg social referente a esses 3 novos trabalhadores.
tenho a certeza que daria excelentes resultados.
tem q haver politicas sociais , mas financiar o ócio é um péssimo sinal mesmo nesta altura do campeonato.
há muita gente ao abrigo do fundo de desemprego que pura e simplesmente não quer trabalhar ou faz exigencias desadequadas quando vão a entrevistas pq preferem ficar a receber o "fundo".
quanto ao freeport tudo cheira a esturro mas claro que ele ainda não foi sequer constituido arguido e bláblábla; o que eu sei é que qq outro cidadão, por muito menos já tinha sido no minimo constituido arguido.

 

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