O sonho e as palavras
publicada por José Ferreira Marques @ 18:39 1 Comentários
Lisboa, querida mãezinhaCom o teu xaile traçadoRecebe esta carta minhaQue te leva o meu recadoQue Deus te ajude LisboaA cumprir esta mensagemDe um português que está longeE que anda sempre em viagemVai dizer adeus à GraçaQue é tão bela, que é tão boaVai por mim beijar a EstrelaE abraçar a MadragoaE mesmo que esteja frioE os barcos fiquem no rioParados sem navegarPassa por mim no RossioE leva-lhe o meu olharSe for noite de São JoãoLá pelas ruas de AlfamaAcendo o meu coraçãoNo fogo da tua chamaDepois levo pela cidadeNum vaso de manjericosPara matar a saudadeDesta saudade em que ficoVai dizer adeus à GraçaQue é tão bela, que é tão boaVai por mim beijar a EstrelaE abraçar a MadragoaE mesmo que esteja frioE os barcos fiquem no rioParados sem navegarPassa por mim no RossioE leva-lhe o meu olhar.Francisco José - João Villaret
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Lisboa, querida mãezinha
Com o teu xaile traçado
Recebe esta carta minha
Que te leva o meu recado
Que Deus te ajude Lisboa
A cumprir esta mensagem
De um português que está longe
E que anda sempre em viagem
Vai dizer adeus à Graça
Que é tão bela, que é tão boa
Vai por mim beijar a Estrela
E abraçar a Madragoa
E mesmo que esteja frio
E os barcos fiquem no rio
Parados sem navegar
Passa por mim no Rossio
E leva-lhe o meu olhar
Se for noite de São João
Lá pelas ruas de Alfama
Acendo o meu coração
No fogo da tua chama
Depois levo pela cidade
Num vaso de manjericos
Para matar a saudade
Desta saudade em que fico
Vai dizer adeus à Graça
Que é tão bela, que é tão boa
Vai por mim beijar a Estrela
E abraçar a Madragoa
E mesmo que esteja frio
E os barcos fiquem no rio
Parados sem navegar
Passa por mim no Rossio
E leva-lhe o meu olhar.
Francisco José - João Villaret
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