domingo, julho 11, 2010

Agarrem-me, senão…

Nos últimos dias, vários dirigentes do PSD têm vindo a ameaçar o governo e o PS pelas críticas feitas a Passos Coelho que, em Espanha, fez declarações a defender a posição da Telefónica na compra da VIVO à PT, contrariando a posição assumida pelo governo português.
Convém lembrar que o uso da golden share para vetar a compra da VIVO pela Telefonica teve o apoio do Presidente da República e de todos os partidos, com excepção do PSD.
De notar também, que mesmo dentro do PSD, várias vozes se fizeram ouvir apoiando a decisão do governo.
As declarações de Passos Coelho feitas internamente contra o uso da golden share já eram pois suficientes para aquilatar do seu isolamento nesta matéria. Mas, repeti-las em Espanha, foi um haraquiri que pôs fim ao estado de graça de que beneficiava e levantou dúvidas sobre o seu sentido de estado.
Não admira por isso que Miguel Relvas e Filipe Menezes saltem em defesa do líder, entretanto remetido a um conveniente silêncio.
Porém, acabar o diálogo com o governo (“ficar a falar sozinho”), não parece ser uma boa forma de emendar a argolada de Passos Coelho. Pelo contrário, dará razão aos lhe apontam a falta de sentido de estado.

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