Imagine!
"Imagine que um homem próximo de José Sócrates estava envolvido na gestão criminosa de um banco e que isso custava cinco mil milhões ao Estado. Imagine que um outro homem ainda mais próximo de Sócrates (Armando Vara, por exemplo) também estava envolvido no caso. E que Sócrates, como primeiro-ministro, vinha a publicamente defender a sua permanência num cargo político.
Imagine que se suspeitava que o banco em causa, quase exclusivamente composto por pessoas do círculo político próximo de José Sócrates, tinha contribuído financeiramente para a sua campanha anterior. Imagine que Sócrates e familiares seus tinham comprado acções desse grupo financeiro e vendido a tempo.
Imagine que, sabendo-se tudo isto, Sócrates apoiava a nacionalização dos prejuízos deste banco. E imagine que essa nacionalização ajudaria a explicar a situação calamitosa do país.
Imagina o que se escreveria sobre o assunto? A quantidade de vezes que o primeiro-ministro teria de explicar as suas ligações ao banco? Os esclarecimentos que teria de dar? As declarações que teria de fazer ao País? Como tudo seria investigado até ao mais ínfimo pormenor? Como todos os documentos seriam vasculhados? Não foi assim nos casos da licenciatura, das casas projectadas, da Face Oculta, do Freeport, da TVI? E muito bem.
Não se percebe porque é que, num caso muitíssimo mais grave nas suas consequências para o país, parece dispensar-se qualquer tipo de vigilâcia democrática quando a pessoa que está em causa é, em vez do primeiro-ministro, o Presidente da República." (Daniel Oliveira - Expresso)
Imagine que se suspeitava que o banco em causa, quase exclusivamente composto por pessoas do círculo político próximo de José Sócrates, tinha contribuído financeiramente para a sua campanha anterior. Imagine que Sócrates e familiares seus tinham comprado acções desse grupo financeiro e vendido a tempo.
Imagine que, sabendo-se tudo isto, Sócrates apoiava a nacionalização dos prejuízos deste banco. E imagine que essa nacionalização ajudaria a explicar a situação calamitosa do país.
Imagina o que se escreveria sobre o assunto? A quantidade de vezes que o primeiro-ministro teria de explicar as suas ligações ao banco? Os esclarecimentos que teria de dar? As declarações que teria de fazer ao País? Como tudo seria investigado até ao mais ínfimo pormenor? Como todos os documentos seriam vasculhados? Não foi assim nos casos da licenciatura, das casas projectadas, da Face Oculta, do Freeport, da TVI? E muito bem.
Não se percebe porque é que, num caso muitíssimo mais grave nas suas consequências para o país, parece dispensar-se qualquer tipo de vigilâcia democrática quando a pessoa que está em causa é, em vez do primeiro-ministro, o Presidente da República." (Daniel Oliveira - Expresso)
Pior que tudo, é imaginar um país que se prepara para lhe dar 60% dos votos...
2 Comentários:
Soube-se pelo Wikileaks que Cavaco acha que a comunicação social é "suave", mansinha. Pudera! Em que país democrático um PR executa um plano para derrubar o governo, alegando falsas escutas (portanto, matéria criminal), é apanhado com as calças na mão, não se demite, nem sequer se justifica de forma inteligível e ainda tem o topete de manter o "capo" Lima a receber um ordenado pago pelos nossos impostos?
Cavaco é o único político com poder que nunca foi "apertado" por um jornalista num frente a frente. Safa-se bem na televisão, por exemplo: basta manter uma pose esfíngica e debitar umas banalidades. Os macaquinhos estão muito bem treinados.
Pobre país! Que nem um 25 de Abril, com os contornos revolucionários que se conhecem e tão largamente apoiados pelo povo, consegue ver a verdadeira face deste e de outros bandalhos que enchem a "política" portuguesa!!!
Pobre país! Que se prepara para eleger um homem que deseja ardentemente salvar a face do seu partido e chamar o FMI para servir de cobertura aos crimes contra os trabalhadores que se preparam para perpretar!
Feliz Natal, zé povinho!
uncha
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