Surpresas do “homem de palavra” (II)
As sucessivas campanhas contra José Sócrates, que alimentaram a comunicação social durante os últimos anos, aliadas ao despudor da direita que não hesitou e espalhar boatos sobre hipotéticas escutas no Palácio de Belém e inventou a Claustrofobia Democrática para domesticar a comunicação social, acabaram por convencer o povo a eleger para primeiro-ministro uma personalidade cujo currículo está longe de o avalizar para o exercício do cargo.
Entre os apoiantes do novo primeiro-ministro, destacaram-se alguns blogues, autoproclamados liberais, cujo serviço não foi esquecido na elaboração das listas de deputados e na composição dos gabinetes do novo governo.
Em Portugal, os liberais, sejam novos ou “à moda antiga”, não sobrevivem sem o orçamento do Estado. Está-lhes no sangue. O simulado espanto com que reagem por a primeira medida de Passos Coelho ser um brutal aumento de impostos, sem beliscar a despesa, é areia para os olhos dos eleitores…
Em Portugal, os liberais, sejam novos ou “à moda antiga”, não sobrevivem sem o orçamento do Estado. Está-lhes no sangue. O simulado espanto com que reagem por a primeira medida de Passos Coelho ser um brutal aumento de impostos, sem beliscar a despesa, é areia para os olhos dos eleitores…
1 Comentários:
Com um discurso melífluo e uma pose professoral de tecnocrata altamente "competente" e impoluto, nada explicou sexa o novo ministro das finanças.
O tal imposto de guerra, anunciado pelo novo chanceler como sendo uma taxa sobre o subsidio de natal, pretende, afinal, ser uma taxa sobre todos os rendimentos sujeitos a irs. "Esqueceu-se", porém, de informar-nos de como pretende cobrá-lo!!!
Ah! já sei! Ficam sujeitos à roubalheira todos os rendimentos que devm ser englobados no irs!!!
Ó sr. ministro, então e aqueles que, podendo ser englobados, o não são porque é mais barato sujeitá-los à taxa liberatória?!
Curioso é que estes são exactamente os rendimentos do capital!
E as mais-valias bolsistas? E as transferências para off-shores?
Vá lá, sr. ministro! Diga-nos lá que essa é uma escolha ideológica. Que se trata de fazer mais uma transferência dos pobres para os ricos (falando em linguagem simples, a única que os pobres sabem usar...). Que se trata de aproveitar a onda revanchista que percorre a Europa para refazer o capital e dar algum ânimo ao quase esgotado regime capitalista.
No fim do quadriénio, veremos como ficou a taxa da desiguldade social.
Nisso do homem de palavra só os parolos acreditaram.
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