O Crime de Beja
Os vizinhos nunca se apercebem de nada, as autoridades ainda
menos, mas, de repente, o horror surpreende-nos e ficamos aturdidos.
“Ninguém diria…“, “eram pessoas normais”, “ainda me custa a
crer…”, são expressões da estupefacção que se apodera dos sítios pacatos
que, de um dia para o outro, se transformam em cenários de tragédia.
E, no entanto, é estultícia pensar que estas tragédias
acontecem sem sintomas que as anunciem: A família era tão normal que “há suspeitas de um passado
de abusos sexuais de Francisco Esperança à filha Cátia, de 28 anos. A
paternidade da pequena Maria, de 4 anos, sempre foi um mistério em Beja, e os
indícios de incesto foram já denunciados à PJ - que agora investiga se a
criança , assassinada a golpes de catana, tal como a avó e a mãe, nasceu de uma
relação entre esta e o avô.”
Será porque andamos tão entretidos com telenovelas, e os
programas “culturais” das tardes e manhãs televisivas, que não temos cabeça
para mais nada? A verdade é que, contrariando as manifestações compungidas a posteriori, poucos se preocupam com as
desgraças da casa do lado…
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