terça-feira, junho 26, 2012

O buraco da austeridade


Há um ano estávamos à beira do precipício, agora não.”
Desta forma, ou outras da mesma vacuidade, o governo de Passos Coelho não se tem poupado a esforços para tentar convencer os portugueses de que estão melhor do que estavam quando começou a governar.
A realidade, porém, vai deitando por terra esse malogrado esforço, sendo rara a semana em que, para pesadelo dos portugueses, o Ministro Victor Gaspar não anuncia desvios às suas rigorosas estimativas.
Desvio parece ser a palavra que melhor caracteriza o rumo deste governo. Depois da fábula do desvio colossal, que serviu para justificar o confisco de 50% do subsídio de Natal do ano passado,  não há mês em que este governo não desvie mais dinheiro dos bolsos dos portugueses.
A austeridade tem-se resumido a isso: retirar dinheiro às famílias para satisfazer  as clientelas de quem governa, que certamente estão melhor que há um ano...
Se as famílias não têm dinheiro, não consomem. Se não consomem, as receitas do IVA e do IRC vêm por aí abaixo, para não falar do aumento do desemprego que, entre outras consequências  trágicas, fez disparar os alarmes de falência da Segurança Social.
Por isso, seria preciso que todos tivéssemos a lentidão abrangente do Ministro das Finanças para nos surpreendermos com o buraco de dois mil milhões que ele acabou de descobrir.
Na lógica deste governo, é apenas mais um desvio.  As medidas para o corrigir  estão a caminho

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