sexta-feira, junho 01, 2012

Onde está o escândalo?

Depois do que se disse e escreveu sobre Fátima Felgueiras,  acerca do caso do Saco Azul na Câmara de Felgueiras,  talvez se estranhe e considere escandalosas as decisões dos tribunais de  primeira instancia e do tribunal da  Relação, que a ilibaram de todas as acusações.
Porém,  se estas decisões são escandalosas, como classificar a atuação do Ministério Público que  a queria  prender preventivamente?
Fica claro, mais uma vez, que a prisão preventiva tem sido usada para disfarçar as incapacidades da investigação - Ministério Público e Polícia Judiciária - em arranjar provas que sustentem as acusações que obsessiva, mas erradamente, visam atingir. O objetivo último que a lei impõe ao Ministério Publico e demais agentes da justiça é o da procura da verdade,  não o  de fazer acusações.
Se Fátima Felgueiras não tivesse fugido para o Brasil, qual seria o juiz  que a absolveria, depois de ter passado  vários anos em prisão preventiva, como pretendia o Ministério Público? Se olharem, com olhos de ver, para o processo Casa Pia, obtêm a resposta.

1 Comentários:

Às 01/06/12, 11:57 , Blogger j disse...

Eu sempre julguei que, numa democracia, todos os poderes são escrutinados.
O presidente da República é eleito pelo povo e os deputados são eleitos pelo povo, donde resulta a escolha do primeiro- ministro.
Os ministros são escolhidos pelo chefe do governo, o qual, por esse facto, assume a responsabilidade perante o povo dos atos destes.
Por isso, as trafulhices do sr. relvas, conheça-as ou não o primeiro-ministro, são de sua responsabilidade.
E os juizes? E os magistrados?
Estes são senhores absolutos dos seus atos. Já uma vez ouvi, estarrecido, um destes cavalheiros afirmar perante as câmaras de um canal de TV que "os juizes são totalmente imunes às notícias, às críticas ou aos comentários seja de quem for"... Isto é, são anjos caídos do céu para proteger os pobres terráqueos indefesos.
Por extensão, isto aplica-se a todos os tipos de juiz, sejam eles árbitros de qualquer desporto ou responsáveis por avaliar o comportamento dos outros.

Podemos continuar a chamar a isto uma democracia?!

Deus nos livre desta gente...

 

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