Western spaghetti
Depois da coboiada
de ontem, Clint Eastwood pode ser xerife onde quiser.
Só falta que o seu candidato ganhe, o que, dado o comportamento amorfo da cadeira
que ele soberbamente entrevistou, são favas contadas.
Porém, se os republicanos queriam uma
coboiada com cheiro a chumbo, em vez do unforgettable esparguete de Clint, seria melhor terem desenterrado
Charlton Heston, o inesquecível presidente da National Rifle Association, cuja colecção
faria inveja a muitos exércitos. Haviam de ver como ficava a cadeira!
Se para fazerem esquecer Bush e Palin têm de
recorrer ao Western spaghetti, estão tramados com o John Wayne.
1 Comentários:
Tenho uma enorme dificuldade em dissociar ums obra artística do seu autor e, sobretudo, daquilo que o seu autor defende, dos princípios que regem a sua vida.
Não consigo apreciar a grande arte da cineasta Leni Riefensthal sem ver por trás os criminosos esbirros nazis.
Não me é possível chorar de emoção ao ver o Couraçado Potemkine do grande Serguei Eisenstein sem esquecer os crimes de Stalin, um dos quais foi calar o grande cineasta.
Não posso apreciar um grande e belo poema de Ezra Pound, porque não me sai da cabeça o seu denodado apoio ao nazismo.
Do mesmo modo, não esqueço a ideologia fascista por detrás do Dirty Harry ou o espetáculo degradante de Eastwood a apoiar o fascista Mytt, quando me é dado ver um tão belo filme como As pontes de Madison County.
Não sei se a América merece mais!
E este é que é o meu maior drama interior.
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