domingo, maio 19, 2013

Fátima, futebol e fado


Diz-se que no domingo passado o primeiro ministro foi apresentar a demissão ao Presidente da Republica, que não a aceitou, por inspiração da Senhora de Fátima soprada pela mulher.
A Senhora de Fátima sempre serviu de desculpa às nossas incapacidades, fosse no combate à gripe espanhola (os pastorinhos, Francisco e Jacinta, e mais algumas dezenas de milhares de portugueses, morreram vitimados por esta pandemia), fosse para justificar o fascismo perante a ameaça comunista da guerra civil de Espanha e após a segunda guerra mundial. Não é pois a primeira vez que a Senhora de Fatia é invocada para subjugar o povo.

O Conselho de Estado marcado para amanhã tem a oportunidade de se rebelar contra o estado pantanoso que o Presidente da Republica quer impor ao pais. Isto já lá ao vai com falinhas mansas. A revolta é a única atitude aceitável perante a cinismo de um presidente que teima em manter no poder um governo incapaz, paralisado e indiferente à desgraça do país.

O Conselho de Estado não pode pactuar com a teia de interesses que sempre condicionaram Aníbal Cavaco Silva e o impelem sistematicamente a tomar decisões em prejuízo do pais.

Não adianta invocar a Senhora de Fátima. O povo já percebeu que em Belém só lhe rezam pela pele.

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