sexta-feira, outubro 17, 2014

Uma "reforma crucial"

Ouvir ontem o secretário de estado dos assuntos fiscais dizer e repisar até à náusea que as alterações marginais ao IRS eram uma "reforma crucial", atesta o desespero da propaganda rasca a que a actividade deste governo se reduziu.

O alívio virtual dado às famílias com filhos menores de 25 anos, não compensa a trapalhada que irá desencadear a dedução da "conta de despesas gerais familiares". Por outro lado, na sua ânsia propagandista, o governo não atendeu aos custos da maior complexidade burocrática que estas alterações vêm introduzir num imposto já bem complexo.

Quanto à fiscalidade verde, só é verde por fora. Por dentro é vermelha, como as melancias. Aumentar os impostos do tabaco e do álcool, criar a taxa de carbono para os combustíveis e impor o preço de 10 cêntimos por saco de plástico, não tem nada de verde que é a cor da esperança.
Esta "reforma" só é crucial na propaganda do governo. Para os portugueses, corresponde a um agravamento da austeridade, degradando ainda mais as suas condições de vida.

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