O pior Passos Coelho
Nos últimos dias, tem havido comentadores a distinguir o Passos Coelho cidadão do Passos Coelho primeiro-ministro. Na generalidade fazem-no, tentando colar ao Passos-cidadão as trafulhices em que se tem envolvido desde que é adulto.
Ao tentarem desculpar o Passos Coelho primeiro-ministro, estes comentadores esquecem uma questão fundamental: quem se guindou a presidente do PSD e depois a primeiro-ministro foi o cidadão Passos Coelho, o das trafulhices.
Por outro lado, se o cidadão Passos Coelho é opaco a esclarecer os seus rendimentos e não hesita em fugir às suas obrigações fiscais, o primeiro-ministro Passos Coelho em vez de pedir desculpa e esclarecer as circunstâncias dos episódios em que se envolveu enquanto cidadão, começa por negar as evidências e, quando se vê encurralado, ainda tem a cara de pau de se armar em vítima.
À semelhança de outros ex-presidentes do PSD, também Marcelo Rebelo de Sousa o criticou, afirmando nomeadamente que o pior "foi Passos, nas jornadas parlamentares do PSD, ter feito uma “alusão a José Sócrates”. “Ele objectivamente disse ‘eu não sou como outros que enriqueceram, nas funções, tiveram quem os ajudasse de fora e tinham níveis de vida superiores’. É, no fundo, estar a pronunciar-se, sem se pronunciar, sobre uma questão em que há presunção de inocência.”
Há gente que ainda não percebeu que o pior Passos Coelho é o único que existe: um cobarde que ataca quem está na mó de baixo (pensionistas, trabalhadores, a Grécia, Sócrates preso) e, ao sentir-se apertado, tenta escapar pela porta dos fundos.
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