Quando aqui em baixo afirmámos que “a inclusão dos imigrantes numa sociedade não se pode fazer contra os valores dessa sociedade” estávamos também a falar disto:
“tout le monde s'étonne : pourquoi les enfants africains sont dans la rue et pas à l'école? Pourquoi leurs parents ne peuvent pas acheter un appartement ? C'est clair, pourquoi : beaucoup de ces Africains, je vous le dis, sont polygames. Dans un appartement, il y a trois ou quatre femmes et 25 enfants.”
Esta afirmação é de Hélène Carrère d'Encausse, secretária vitalícia da Academia Francesa, que aponta a poligamia como uma das causas do surto de violência nos subúrbios de Paris. “Esta gente vem directamente das suas aldeias africanas. Ora a cidade de Paris e as outras cidades europeias não são aldeias africanas”, acrescentou, alertando para o choque cultural que aqueles imigrantes enfrentam ao chegar à Europa.
Embora a poligamia seja proibida e punida com prisão em França, os poderes públicos tem-se mostrado permissivos com quem a pratica ("étrangement laxistes"). Porém, uma vez conhecida a sua situação familiar, a possibilidade de um trabalhador polígamo arranjar emprego é praticamente nula, tornando-se presa fácil da marginalidade.
(Le Monde)
“tout le monde s'étonne : pourquoi les enfants africains sont dans la rue et pas à l'école? Pourquoi leurs parents ne peuvent pas acheter un appartement ? C'est clair, pourquoi : beaucoup de ces Africains, je vous le dis, sont polygames. Dans un appartement, il y a trois ou quatre femmes et 25 enfants.”
Esta afirmação é de Hélène Carrère d'Encausse, secretária vitalícia da Academia Francesa, que aponta a poligamia como uma das causas do surto de violência nos subúrbios de Paris. “Esta gente vem directamente das suas aldeias africanas. Ora a cidade de Paris e as outras cidades europeias não são aldeias africanas”, acrescentou, alertando para o choque cultural que aqueles imigrantes enfrentam ao chegar à Europa.
Embora a poligamia seja proibida e punida com prisão em França, os poderes públicos tem-se mostrado permissivos com quem a pratica ("étrangement laxistes"). Porém, uma vez conhecida a sua situação familiar, a possibilidade de um trabalhador polígamo arranjar emprego é praticamente nula, tornando-se presa fácil da marginalidade.
(Le Monde)
Madame d’Encausse, é uma figura de vulto em ciências políticas e grande conhecedora da história da Rússia imperial (de onde são originários os seus ascendentes) assim como da ex-União Soviética. Mas, na minha modesta opinião, não é com ela que eu aprendo coisa que valha sobre este assunto. Fazer coro com Monsieur Larcher, ministro delegado para os assunto do trabalho, e destacar a poligamia – que existe, de facto, mas no seio de etnias que têm um peso irrisório nos 4,5 milhões de estrangeiros – da problemática da “banlieue”, é como olhar só para a árvore que esconde a floresta.
ResponderEliminarNo mesmo jornal (Le Monde) pude ler as opiniões de especialistas e pesquisadores como Eric Macé (no debate “Banlieues: des territoires abandonnés?”) e Eric Marlière (“Qui sont les jeunes en colère?”), de entre outros, as quais me mereceram muito mais crédito.