Aerogramas
“O avião cirandava em círculos atirando os sacos a cada passagem até esgotar a carga…
O saco do correio era disputado pelos mais saudosos. As cartas e os aerogramas eram distribuídos, e cada um se sentava no seu canto, canhota ao lado, a ler no meio do capim, ou numa clareira da floresta.” ( in Bichos do Mato)
Por vezes, na guerra colonial, o correio caía literalmente do céu e havia tréguas para ler os aerogramas. Era uma folhinha amarelada, também conhecida por “bate-estradas”, onde era “proibido incluir qualquer objecto ou documento”, que se dobrava, formatando um envelope. No endereço, apenas o nome do destinatário e o número SPM (Serviço Postal Militar) que identificava cada unidade militar.
Foram usados massivamente durante toda a guerra e muitos casamentos se fizeram (e desfizeram) com base nas mensagens que transportaram.
Nos dias de hoje não teriam o mesmo sucesso. Na era dos blogs e do e-mail, já ninguém dispensa a comunicação interactiva, embora se levantem outros problemas como refere o artigo do Washington Post que analisa as consequência da utilização de blogs pelos soldados americanos destacados no Iraque.
Salvaguardadas as naturais preocupações com a segurança da informação em tempo de guerra, os blogs dos soldados americanos vêem a guerra por dentro, e dão uma visão bem diferente da que é dada pelos jornais e televisões sobre o que se passa no Iraque.
1 Comentários:
Mais um dos "perigos" terríveis dos blogs...
(jcm)
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