A reforma do Islão
“Quando Sir Iqbal Sacranie, chefe do “Conselho Islâmico Britânico” (Muslim Council of Britain), admitiu que os nossos filhos tinham perpetrado os atentados de 7 de Julho em Londres foi a primeira vez, na minha memória, que um muçulmano britânico reconheceu os excessos cometidos pelos seus membros.”
É assim que começa um artigo de Salman Rushdie, publicado ontem no Washington Post, sob o título "The Right Time for An Islamic Reformation", acrescentando que o homem que faz este acto de contrição, e que Blair reconhece como a face da moderação, é o mesmo que em 1989 disse que “a morte era talvez demasiado fácil” para o autor dos “Versículos Satânicos” (The Satanic Verses).
Para acabar com a influência do radicalismo islâmico, que empurra os jovens muçulmanos para o terrorismo, Salman Rushdie defende um movimento reformista que combata a ideologia jihadista e abra as janelas dos seminários onde se prega o tradicionalismo, deixando entrar o ar fresco para que Islão chegue à idade moderna.
A recusa da história joga a favor dos literalistas islamo-fascistas, permitindo-lhes que continuem a aprisionar o Islão nas suas férreas e imutáveis certezas, afirma Salman Rushdie.
Por isso, os governos muçulmanos e os líderes das comunidades têm de rever os modelos educativos e permitir que o Islão possa ser estudado à luz da história, conclui o escritor.
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