Aula Magna
Percorro os blogs que estão ali à direita e nada; clico em todos os jornais que tenho nos favoritos e nem uma linha; vou à SIC, à TSF e à LUSA, e não vejo uma imagem ou um som; já desisto quando abro o bric-a-brac do Google News, mas nem aí há rasto da notícia. Se ela tivesse sido massacrada, teria honras de primeira página.
O cenário parecia apropriado:
Enganadoramente à sua esquerda, um senhor que as legendas identificaram (“Professor Catedrático da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa e Vice-Reitor da Universidade de Lisboa”) fez jus ao curriculum e levou a noite a debitar academismos inconsequentes.
Do outro lado, um ex-ministro da educação do partido da oposição esboçou refugiar-se em formalismos, mas acabou a concordar com todas as propostas que ela tinha posto em prática.
Por fim, num manifesto erro de casting da produção do programa, uma professora reformada passou o debate noutro planeta.
Na plateia, como vem sendo hábito, uma turba ávida de sangue ministerial era encabeçada por sindicalistas vitalícios que há muito deixaram de combater o capital e se acobertam atrás da mediocridade que delapida os orçamentos.
Visivelmente satisfeito por estar na televisão, um representante dos pais (!) também marcou presença.
Bastou dar palavra à Ministra da Educação para se sentir o desconforto dos adversários. Eram ratos à luz do dia, ansiosos por voltar para as tocas.
Os que não viram a sinceridade, a honestidade intelectual e a coragem, com que a Excelente Ministra da Educação afrontou a demagogia e defendeu o direito dos nossos filhos à educação, perderam a oportunidade de assistir a uma verdadeira Aula Magna.
(Debate sobre educação, ontem no programa “Prós e Contras” da RTP1)
O cenário parecia apropriado:
Enganadoramente à sua esquerda, um senhor que as legendas identificaram (“Professor Catedrático da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa e Vice-Reitor da Universidade de Lisboa”) fez jus ao curriculum e levou a noite a debitar academismos inconsequentes.
Do outro lado, um ex-ministro da educação do partido da oposição esboçou refugiar-se em formalismos, mas acabou a concordar com todas as propostas que ela tinha posto em prática.
Por fim, num manifesto erro de casting da produção do programa, uma professora reformada passou o debate noutro planeta.
Na plateia, como vem sendo hábito, uma turba ávida de sangue ministerial era encabeçada por sindicalistas vitalícios que há muito deixaram de combater o capital e se acobertam atrás da mediocridade que delapida os orçamentos.
Visivelmente satisfeito por estar na televisão, um representante dos pais (!) também marcou presença.
Bastou dar palavra à Ministra da Educação para se sentir o desconforto dos adversários. Eram ratos à luz do dia, ansiosos por voltar para as tocas.
Os que não viram a sinceridade, a honestidade intelectual e a coragem, com que a Excelente Ministra da Educação afrontou a demagogia e defendeu o direito dos nossos filhos à educação, perderam a oportunidade de assistir a uma verdadeira Aula Magna.
(Debate sobre educação, ontem no programa “Prós e Contras” da RTP1)
2 Comentários:
O tema deste debate interessando-me sobremaneira – o Vítor júnior enveredou pelos caminhos da educação – fiquei com imensa pena que a RTPI não o tenha incluído na sua programação.
Agora que te leio, fico com uma pena ainda maior.
VHC
Quando vejo pessoas como esta "excelente ministra", enche-se-me a alma de gozo e o coração de esperança.
Afinal, ainda há motivos para nos levarem a não desistir... Ainda há muita competência para descobrir neste país, se os encartados fazedores de opinião nos deixarem conhecê-la.
Cá para mim, do nosso ADN deve constar algo como o gene da inveja, o qual se desenvolve tanto mais rapidamente quanto nos aproximamos da fonte de algum poder, por mais pequenino e insignificante que ele seja...
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