Lavar as mãos
Cumprindo o ritual, o Presidente Jorge Sampaio dirigiu-se ao país no dealbar do Ano Novo. Os problemas da justiça são um lugar comum nos discursos oficiais e uma vez mais o Presidente da República adoptou a pose de Pilatos.
Perante o estado a que a justiça portuguesa chegou, o seu apelo ao reforço da separação de poderes arrisca-se a ser interpretado como apoio à linha corporativa que domina a máquina judicial, nomeadamente o Conselho Superior da Magistratura e o Supremo Tribunal de Justiça.
Foi assim também com a sua intervenção no Congresso dos Juízes, onde as suas palavras foram usadas pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça para atacar o governo, numa das intervenções mais infelizes que alguma vez um responsável daquele tribunal terá proferido publicamente.
Jorge Sampaio poderá ter razões para se orgulhar dos seus mandatos como Presidente da República, mas não certamente pelo que aconteceu na área da justiça, onde não há paralelo para o descalabro a que se chegou nestes dez anos.
Foi durante os seus mandatos que se tornou público o recurso abusivo à prisão preventiva e o uso indiscriminado das escutas telefónicas na investigação. Apesar de ser um dos visados, Jorge Sampaio só veio a público para apoiar os principais responsáveis por este atentado aos direitos humanos.
Perante os problemas do país, há muito tempo que Jorge Sampaio se limita a lavar as mãos à frente do povo.
Perante o estado a que a justiça portuguesa chegou, o seu apelo ao reforço da separação de poderes arrisca-se a ser interpretado como apoio à linha corporativa que domina a máquina judicial, nomeadamente o Conselho Superior da Magistratura e o Supremo Tribunal de Justiça.
Foi assim também com a sua intervenção no Congresso dos Juízes, onde as suas palavras foram usadas pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça para atacar o governo, numa das intervenções mais infelizes que alguma vez um responsável daquele tribunal terá proferido publicamente.
Jorge Sampaio poderá ter razões para se orgulhar dos seus mandatos como Presidente da República, mas não certamente pelo que aconteceu na área da justiça, onde não há paralelo para o descalabro a que se chegou nestes dez anos.
Foi durante os seus mandatos que se tornou público o recurso abusivo à prisão preventiva e o uso indiscriminado das escutas telefónicas na investigação. Apesar de ser um dos visados, Jorge Sampaio só veio a público para apoiar os principais responsáveis por este atentado aos direitos humanos.
Perante os problemas do país, há muito tempo que Jorge Sampaio se limita a lavar as mãos à frente do povo.
Não é muita a dignidade que lhe resta para acabar o mandato.
2 Comentários:
Assino por baixo.
Daqui a uns tempos, vão ter saudades do J.S.... Assino por baixo.
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