segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Um país em ponto-morto.

Durante anos, o país habituou-se a ouvir os políticos apregoar a necessidade de reformas em diversos sectores da Administração Pública, na Saúde e na Educação, nas Finanças, Justiça ou Administração Local. Enfim, todos os diagnósticos apontavam para a degradação do serviço público, cujos custos aumentavam de ano para ano, empurrando o país para a banca rota.

Tinha de se pôr cobro a isto, diziam os partidos que, ao chegar ao governo, esqueciam as reformas e deitavam a mão às privatizações para cobrir o défice. É isto que tem caracterizado a nossa governação desde o início dos anos noventa.

Timidamente, dizem alguns, arrogantemente, afirmam outros, este governo tem tentado quebrar este ciclo degradante. Mas não passa uma semana sem que esta ou aquela corporação venha questionar as medidas que ameaçam afectá-la.
Todos se lembram da enquistada reacção farmacêutica, das cenas patéticas de militares e forças de segurança e da delirante greve dos juízes. Recentemente até os presidentes das juntas de freguesia, que as migrações demográficas transformaram em bairros abandonados ou povoados desertos, se puseram em bicos de pés.

Quando se afirma que as reformas não podem ser feitas contra os profissionais directamente afectados, todos concordamos, mas o que o país constata é que as suas organizações nada fazem para as viabilizar e, a prová-lo, aí está mais uma greve de professores que recusam a cumprir o horário das escolas, indiferentes à degradação do ensino.

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