Fanatismo ou regabofe?

Durante décadas, a evasão fiscal e as dívidas à Segurança Social foram práticas comuns, escandalosamente toleradas pelo poder político.

Para quem pagava pontualmente os seus impostos era incompreensível que o país se afundasse em deficits sucessivos e nada fosse feito para atalhar à evasão fiscal e fazer pagar os devedores.
Porém, nos últimos anos, algo se alterou. A informatização levada a cabo em vários sectores da administração pública passou a permitir o cruzamento de dados, dificultando a evasão fiscal.
Por outro lado, pela primeira vez na história recente deste país houve um governo com vontade politica para encarar de frente o problema das dívidas fiscais, adoptando sem tibiezas procedimentos de cobrança coerciva.

Por isso pode parecer estranho que Patinha Antão (PSD), em coro com personagens anónimas do séquito de Paulo Portas, acuse o governo de “fanatismo fiscal.
Mas só os ingénuos se surprendem: Os que se habituaram a alijar as suas obrigações fiscais e nutrem a esperança de um dia voltar ao regabofe sempre tiveram quem os defenda…