Surpresa, ou talvez não…
O Banco de Portugal e a CMVM são entidades essenciais para o correcto funcionamento do sistema financeiro e do mercado de capitais. O Banco Mundial e o FMI avaliam positivamente o seu desempenho como supervisores das respectivas áreas e longe vão os tempos em que estas mesmas instituições tinham de impor regras para endireitar o nosso sistema financeiro.
Para se chegar aqui muito contribui o respeito pela independência do Banco de Portugal e da CMVM, que sempre norteou os governos e, pelo menos até agora, também os partidos com a responsabilidade de poderem vir a governar, quer estivessem no governo quer na oposição.
O ataque do PSD e do CDS ao governador do Banco de Portugal é, neste quadro, uma iniciativa insólita, só explicável por um acto falhado de políticos ressabiados que viram frustrada a tentativa de interferir na vida interna de uma empresa privada.
O sistema bancário português guindou-se por mérito próprio a um nível de excelência de primeira linha, algo de que nenhum outro sector da economia nacional pode orgulhar-se.
Por isso, é muito preocupante ver partidos, com responsabilidades para governar, atacar instituições que estão no centro deste sistema, pondo em causa e menosprezando o esforço de gestores e trabalhadores que fizeram do sistema bancário português um dos melhores do mundo.
É comum dizer-se que a direita portuguesa está viciada no poder e desespera na oposição. Saudosa ainda do corporativismo, só defende o mercado para inglês ver, renegando-o à mínima contrariedade.
Para se chegar aqui muito contribui o respeito pela independência do Banco de Portugal e da CMVM, que sempre norteou os governos e, pelo menos até agora, também os partidos com a responsabilidade de poderem vir a governar, quer estivessem no governo quer na oposição.
O ataque do PSD e do CDS ao governador do Banco de Portugal é, neste quadro, uma iniciativa insólita, só explicável por um acto falhado de políticos ressabiados que viram frustrada a tentativa de interferir na vida interna de uma empresa privada.
O sistema bancário português guindou-se por mérito próprio a um nível de excelência de primeira linha, algo de que nenhum outro sector da economia nacional pode orgulhar-se.
Por isso, é muito preocupante ver partidos, com responsabilidades para governar, atacar instituições que estão no centro deste sistema, pondo em causa e menosprezando o esforço de gestores e trabalhadores que fizeram do sistema bancário português um dos melhores do mundo.
É comum dizer-se que a direita portuguesa está viciada no poder e desespera na oposição. Saudosa ainda do corporativismo, só defende o mercado para inglês ver, renegando-o à mínima contrariedade.
Mas a luta pelo poder não desculpa tudo. Quem confunde o bebé com a água do banho arrisca-se a mandar tudo às malvas.
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