quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Sinais

Isto está de cortar à faca. É um pouco inevitável com a conjugação de três coisas em sequência: um pano de fundo de crise económica e social grave, que gera uma peculiar sensibilidade a questões como a corrupção, e, como na política não há alternativas, tudo desagua num ambiente pastoso, irritado e sem esperança. Hoje, num supermercado, um homem disse-me: "vai haver uma explosão". Sei lá, alguma coisa vai haver. Não menosprezem os sinais.” (JPP, ABRUPTO, 13.02.2008 – 20:39)

Eis senão quando...

A economia portuguesa registou um crescimento de 1,9 por cento em 2007, o que representa o maior ritmo de expansão anual desde 2001, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).”(Correio da Manhã – 14.02.2008).

Moral: Quem busca sinais no supermercado, sem confirmar a validade, compra gato por lebre.

3 Comentários:

Às 16/02/08, 09:38 , Anonymous Anónimo disse...

Boas José António,
a dupla socrates/ine são o melhor ministro da propaganda de que há memória em democracia e pede meças a muitos dos ministros da mesma pasta dos regimes não democráticos.
Esses números do ine são o que eles agoram chamam "A Estimativa Rápida do Produto Interno Bruto (PIB)" que na maior parte das vezes não tem fundamentos técnicos rigorosos. não passam de meras "previsões".
No supermercado, na rua, nas empresas, nas escolas, nos hospitais, etc, é que se sente o pulsar do país.
E o país está decadente e o sócrates já começa a ter cada mais dificuldade em fazer passar o seu discurso "optimista", pelo menos, sem se rir.
1 abraço,
Patrick

 
Às 16/02/08, 18:59 , Blogger José Ferreira Marques disse...

Independentemente dos discursos e da contra-informação, o que mede "o pulsar do país" são os números e os votos, não os estados de alma.
2 abraços, Patrick.

 
Às 17/02/08, 10:03 , Anonymous Anónimo disse...

Chamo-lhe a atenção para a existência de factores subjectivos que concorrem, e de q maneira, para verdadeiros colapsos das economias.
Por exemplo, a falta de perspectivas para a resolução dos défices excessivos do Estado, que tem q ver com despesismos intoleráveis, e a consciência por parte dos empresários e da sociedade em geral, da fragilidade do governo levam-nos a baixar os braços.
O facto do povo não acreditar nas mudanças estruturais em curso faz com q n as percebam e n aceitem os esforços q lhe são pedidos.
Depois, as fragilidades actuais do contexto nacional e internacional, minam, de morte, o optimismo e o empreendedorismo: escalada dos combustíveis, o aumento das taxas de juro, a revalorização do euro, o corte nos emprestimos concedidos a particulares e empresas e o aumento inusitado do desemprego.
Ou seja estão reunidas todas as variáveis que concorrem para reduzir a expansão das exportações, principal motor da economia, e enevoar o clima favorável ao investimento.
Por tudo isto o Governo Socrates tem trabalhos de casa em q se deveria concentrar: promover um sector energético menos dependente do exterior e do petróleo, trabalhar na redução do défice público mas, muito importante, indo pelo lado do corte da despesa e não pelo caminho da prepotência fiscal e acima de tudo: promover a melhoria das condições envolventes para a actividade das empresas, que são a mola impulsionadora de toda a economia.
Quanto melhor for a execução destas medidas, mais forte se torna a economia, no seu conjunto, e mais cresce o optimismo ( q é subjectivo) de todos os protagonistas: empresários, governantes, o público e o privado.
E, se calhar, tão ou mais importante do que os números ( para mais pouco crediveis ou viciados: como os do BCP) é este optimismo, ou estado de alma como lhe chama o Zé António, de todos estes protagonistas q pode potenciar a curva ascendente q se pretende para a nossa economia.
1 abr, Patrick

 

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial