O Orago
Cavaco Silva não se considera político, mas, depois de Salazar, é a personalidade com mais tempo no exercício de cargos da mais alta responsabilidade política. Cadilhe chamou-lhe “o pai do monstro”, responsabilizando-o pelas decisões que transformaram a Administração Pública no sorvedouro de recursos de que acusam Sócrates.
Num plano macro-económico, Cavaco Silva é o responsável pela eliminação da nossa frota pesqueira e pelos subsídios envenenados que reduziram a agricultura ao exotismo de que só agora vai recuperando.
É também o mais visível ideólogo do modelo económico obsoleto que levou o país à ruína. Foi preciso ele sair do governo para se apostar nas tecnologias que revolucionaram o sector exportador.
Porém, a ideologia cavaquista, baseada num pragmatismo de vistas curtas, fez escola e está na origem da miopia mental que afecta a generalidade dos “comentadores de economia”. É ela que os impede de verem as causas reais do nosso atraso, e de apresentarem soluções de desenvolvimento que não passem pela diminuição de salários.
Com este currículo, ainda há quem refira os conhecimentos de economia do Professor Cavaco Silva como mais-valia para um novo mandato à Presidência da República.
Que se há-de fazer? Idolatrar monstros não é fenómeno recente...
Num plano macro-económico, Cavaco Silva é o responsável pela eliminação da nossa frota pesqueira e pelos subsídios envenenados que reduziram a agricultura ao exotismo de que só agora vai recuperando.
É também o mais visível ideólogo do modelo económico obsoleto que levou o país à ruína. Foi preciso ele sair do governo para se apostar nas tecnologias que revolucionaram o sector exportador.
Porém, a ideologia cavaquista, baseada num pragmatismo de vistas curtas, fez escola e está na origem da miopia mental que afecta a generalidade dos “comentadores de economia”. É ela que os impede de verem as causas reais do nosso atraso, e de apresentarem soluções de desenvolvimento que não passem pela diminuição de salários.
Com este currículo, ainda há quem refira os conhecimentos de economia do Professor Cavaco Silva como mais-valia para um novo mandato à Presidência da República.
Que se há-de fazer? Idolatrar monstros não é fenómeno recente...
4 Comentários:
Boa! Tudo dito e com poucas palavras!
JMCPinto
Parece o nosso fado... sermos dirigidos por políticos, uns de vistas curtas e outros de letras grossas. Uns e outros, ao abrigo do partidarismo asfixiante de ideias e práticas mais renovadoras, amargam a vida às gentes lusas. Alternam-se na direção política do país ao serviço de egos estéreis incapazes de uma visão estratégica de desenvolvimento sustentado nos planos político, económico e social.
Há países também periféricos que foram capazes desse desenvolvimento.
Li em diagonal a posição de Belmiro de Azevedo que creio ter conhecido bem. Atrevo-me a traduzi-lo: “ a solução menos má é Cavaco”…
Infelizmente.
Meu caro fpduarte:
Sobre o "menos mau", diz quem sabe:
"Olhando para os quatro governos individualmente, o maior aumento na despesa veio durante os governos de Durão Barroso e Santana Lopes: 0,48% por ano. Segue-se-lhe o governo de Cavaco Silva com 0,32%, António Guterres com 0,31%, e por fim José Sócrates com um aumento de apenas 0,14%."– Ricardo Reis, professor de economia na Universidade de Columbia
Caro José Ferreira Marques,
Fiz link para "A Carta a Garcia".
Obrigado,
OC
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