Ilusões, desvios e desvarios
Desde que tomou posse, este governo tem justificado com desvios todas as medidas de austeridade que fez questão de impor aos portugueses, para além das previstas no memorando da Troika.
Cavaco Silva, que ainda há poucos meses lembrava haver "limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos”, com outro primeiro-ministro, já deu o dito por não dito e jura a pés juntos que "estamos confrontados com uma situação que irá exigir grandes sacrifícios aos portugueses, provavelmente os maiores sacrifícios que esta geração conheceu".
Em jeito de justificação para a cambalhota, deixou escapar que o tempo das ilusões tinha acabado...
Os comentadores do regime apressaram-se a esclarecer que isto seria um recado para alguém que estuda em Paris, mas ainda causa insónias em Belém. Mais lúcido seria pensar que Cavaco Silva nunca teve ilusões e que o país está exactamente no sítio para onde ele o empurrou, mas isso era exigir muito dos nossos comentadores…
Os comentadores do regime apressaram-se a esclarecer que isto seria um recado para alguém que estuda em Paris, mas ainda causa insónias em Belém. Mais lúcido seria pensar que Cavaco Silva nunca teve ilusões e que o país está exactamente no sítio para onde ele o empurrou, mas isso era exigir muito dos nossos comentadores…
Ainda que as tivesse, coube ao Banco de Portugal acabar com as ilusões de Cavaco Silva, Passos, Moedas & companhia, e de todos quantos tinham anunciado para 2012 o princípio do fim da recessão, agora adiada para as calendas.
Inconformado, Cavaco fez um apelo patético para que os portugueses se esforcem e contradigam as previsões do Banco de Portugal.
Face aos desvarios despesistas consentidos por Cavaco Silva e o PSD a Alberto João Jardim, dificilmente os portugueses não o levarão a sério.
Face aos desvarios despesistas consentidos por Cavaco Silva e o PSD a Alberto João Jardim, dificilmente os portugueses não o levarão a sério.
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