sexta-feira, fevereiro 03, 2012

O Umbigo de Vasco Graça Moura

Não vou discutir as razões que levaram ao novo acordo ortográfico. Certamente que as há.
O acordo consubstancia uma mudança e há por aí quem não goste nada disso e tente remar contra a maré…

Porém, a única consequência da decisão de acabar com Acordo Ortográfico no CCB é  insuflar o ego de Vasco Graça Moura, que já está  pelas costuras...

4 Comentários:

Às 03/02/12, 19:19 , Blogger lino disse...

Não há qualquer razão para o AO, que é um autêntico atentado ao nosso direito à língua bem falada e bem escrita. O que não significa que não tenha razão no que concerne ao VGM.
Abraço

 
Às 03/02/12, 19:34 , Anonymous S. Bagonha disse...

Pode ser que rebente, pode ser que rebente. A sorte que nós tínhamos....

 
Às 04/02/12, 17:47 , Blogger j disse...

As línguas faladas são "seres" vivos como quaisquer outros.
Se uma língua como a portuguesa é falada por 200 milhões de pessoas que vivem em todos os continentes e que a tomam por sua língua mãe, nós, os portugueses, devemos sentir nesse facto um imenso orgulho. Mas nada nos dá o direito de a manter prisioneira da nossa muito pequena maneira de a falar.
Quando estudei um pouco dos mecanismos que fizeram da nossa língua aquilo que ela é hoje, ouvi dizer que uma das regras de ouro da transposição do latim e de outras línguas para a nossa era a lei do menor esforço.
Isto significa que os povos, no seu natural linguajar, não são estúpidos...
Estúpidos, enfatuados e arrogantes são os eruditos a quem falta a principal erudição: o conhecimento do seu próprio povo.
O que esse cavalheiro fez ou pretendeu fazer não é digno de quem quer ter as responsabilidades a que sempre almejou...
E quanto à língua bem falada e bem escrita, fica para ocasião mais apropriada...

 
Às 04/02/12, 22:41 , Anonymous Anónimo disse...

"É lástima ter que dar satisfacções sôbre orthographia: a ninguem mais succede isto senão a nós, (...). Eu cuido que em Portuguez não temos já opção sobre systemas de orthographia: a ethymologia modificada pela pronúncia, é o mesmo que seguem as mais illustradas nações da Europa". Almeida Garrett, Da Educação.

 

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