Brincar com o fogo
Leio nos jornais que o(s) sindicato(s) dos estivadores tinha
o privilégio decidir quem podia ou não podia ser contratado para trabalhar nos
portos. A Assembleia da República, com
os votos favoráveis do PSD, CDS e PS, aprovou uma lei que acabou com esse
privilégio, aguardando-se a promulgação pelo Presidente da República até
final do ano.
Numa tentativa desesperada de manter aqueles inexplicáveis
privilégios, que fazem lembrar histórias do cinema, o(s) sindicato(s) dos estivadores paralisaram desde
Agosto os portos
de Lisboa, Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz, ainda que parcialmente. Agora, em vésperas da publicação da referida lei, a greve foi
cancelada, denunciando a má-fé de quem a promovia…
Os portos são património público. Não são dos estivadores
nem dos seus sindicatos. Qualquer
português tem o direito de lá trabalhar se tiver condições
para isso. Não é ao sindicato, qualquer que ele seja, que cabe avaliar as
competências dos trabalhadores, mas às empresas que os contratam.
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