Um país sem controlo de qualidade
O episódio em que um tal Artur Baptista da Silva – será este
mesmo o seu nome? - se fez passar por funcionário das Nações Unidas, e, nessa qualidade, deu uma conferência no
Grémio Literário patrocinada pelo American Club, ludibriou o Expresso, a SIC, a
TSF e a Reuters, que lhe
deram espaço mediático devido a uma estrela, diz bem da ligeireza e
leviandade com que tratamos dos assuntos.
É certo que neste caso foi a comunicação social a meter a
pata na poça, dando uma péssima imagem ao aceitar como boas as fontes em que bebe. Mas, infelizmente, não é apenas na comunicação
social que reina a falta de exigência, que está a transformar o país num aglomerado de
gente menor.
Se os cidadãos deste país tivessem o mínimo de exigência, ninguém
falava de Relvas porque há muito não seria ministro.
- Cavaco Silva ter-se-ia demitido no dia seguinte a dizer que, "a
reforma não chega para pagar as minhas despesas"
- Passos Coelho já teria sido obrigado a pedir desculpa aos
reformados pelas mentiras que disse sobre as reformas;
- Paulo Portas já não
seria líder do CDS, que de partido dos contribuintes passou a partidos
dos cobradores de impostos;
Finalmente, para que não se pense que só os “políticos” precisam
de controlo de qualidade, também não teríamos que ler nos jornais notícias de cirurgiões
do Serviço Nacional de Saúde que fazem poucas ou nenhumas cirurgias nos
hospitais públicos, e até os presidentes
da CGTP, da UGT, da Fenprof, e da maioria dos sindicatos deixariam de ser vitalícios…
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