domingo, fevereiro 17, 2013

Fumos do Vaticano

“Sob o uniforme vistoso de listas azuis e amarelas, a centena de guardas suíços que protegem  o Papa - nenhum com menos de 19 anos nem com mais de 30 – esconde-se uma Sig-Sauer (pistola semiautomática de acção dupla) e um rigoroso treino em artes marciais.
Sob o seu nome divino, Instituto para as Obras de Religião, o Banco do Vaticano esconde um tormentoso passado de crime com ligações à máfia e um presente não muito mais limpo de lavagem de dinheiro e branqueamento de capitais.
Por baixo, enfim, das belas palavras que o secretário de Estado, Monsenhor Tarcisio Bertone, dirigiu a Bento XVI durante a celebração da quarta-feira de cinzas, esconde-se uma velha guerra pelo poder, levada até ao limite da renúncia: A nomeação in extremis do Barão Ernst von Freyberg, Cavaleiro da Ordem de Malta e construtor de poderosos navios de guerra, como o novo presidente do Banco do Vaticano é, sem dúvida, o capítulo final desta guerra.
No reino sagrado dos símbolos e da diplomacia, é revelador que a última decisão de Ratzinger como papa tenha sido tirar a chave do dinheiro ao seu fraternal  inimigo Bertone.” (El País)

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