“Demissão já!”
Esta parece ser a palavra de ordem mais consensual da
manifestação de hoje. Ninguém vê futuro com este governo. Faltou a tudo o que
prometeu e fez tudo ao contrário. O programa com que ganhou as eleições foi apenas para isso:
ganhar as eleições.
No plano financeiro aumentou a divida, e, apesar do insuportável aumento de impostos (IMI, IVA, IRS...) e dos brutais cortes de salários e pensões de reformados, não consegue
controlar o deficit.
No plano económico, mergulhou o país numa espiral recessiva de
que ninguém sabe como sair. O desemprego atinge proporções bíblicas.
O país assiste, atónito, ao encerramento de milhares de empresas, à venda das melhores empresas públicas, ao empobrecimento de uma classe média em extinção.
No plano ético, bastaria o exemplo de Miguel Relvas para
colocar este governo no pódio dos que não olham a meios para atingir os fins. O recrutamento de jornalistas como “assessores” (só do DN são 10) é outro exemplo da má fé deste governo para com os governados, submergindo-os com propaganda enquanto os afunda na miséria.
E, no entanto, continua no Palácio de Belém um
Presidente da República que devia ser o primeiro a indignar-se com a situação, mas,
aparentemente, assiste impávido e conivente ao delapidar do património do país e dos
cidadãos.
Será porque a geração que agora manda no
PSD teve bons mestres e não quer ficar atrás? Se a geração cavaquista
fez o que fez ao BPN, imagine-se o que restará do pote depois do assalto da geração jotista…
2 Comentários:
Estive na manifestação de hoje, depois de muitos anos de ausência...
A situação mais do que o justifica o regresso: impõe-no.
E o que vi deixou-me atónito: uma classe média que, a pouco e pouco, se tem proletarizado; uma juventude, com grande representação, o que parece prenunciar o fim desta canalha que usurpou o poder.
Usurpação é a palavra exata (deixemo-nos de eufemismos).
Pois o que são senão usurpadores os que chegam ao poder ludibriando, de forma criminosa, aqueles que neles votaram?
Por isso, menos ainda se pode aceitar a posição cínica e cobarde do ocupante de Belém.
JE disse:
Depois de tropeçar em "O desemprego atinge proporções bíblicas." e no "empobrecimento de uma classe média em extinção.", consegui chegar ao que me trouxe.
Também estive na manifestação, foi a primeira vez...
Surpreendeu-me a presença de famílias: Crianças, Pais e Avós...
O Povo desfilou, ergueu a voz, mas não apresentou alternativas - Bradou a Demagogia.
O Povo, o detentor da Soberania, ergueu a voz para exigir que saia do Poleiro quem, não tendo alternativas para o servir, se serve dele em proveito próprio.
A cegueira e a surdez invadiram os Órgãos de Soberania eleitos e os Tribunais.
Haja alguém que ensine Braille aos que, servindo-se, não servem.
Deus, fazei com que a insensibilidade não ataque os dedos dessa cambada!
Comentário enviado de JE enviado por email
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