Quem se mete por atalhos...
Anda toda a gente a falar no acordo, mas ninguém disse, preto no branco, o que se deve acordar. Cada um interpretou a charada do presidente conforme lhe deu jeito, esperando que os "outros" ajustassem a sua interpretação à dele.
"Entendam-se!", disseram uns senhores que estão habituados a mandar sem contestação.
A democracia não é bem isso.
Em democracia, as políticas decidem-se nas urnas. Não em reuniões mais ou menos secretas para fazer a vontade a presidentes, por mais respeitáveis que sejam.
Se o presidente não gosta do governo que lhe foi proposto, nem confia nos partidos que estão por trás, não invente. O manual, vulgo Constituição, traz a solução.
1 Comentários:
Infelizmente para todos nós, são esses mesmos senhores que hoje exigem que os partidos se entendam que tudo fizeram para esconder dos portugueses o que era a Europa que eles próprios prometeram. Essa Europa é, afinal, aquela que hoje deseja ardentemente que os portugueses se esqueçam que vivem em democracia e obriguem os partidos a entender-se. Como se, por definição, os partidos não existam para não se entendem, já que cada um defende, ou devia defender, princípios diferentes. E é exatamente por isso que existe democracia e ela é feita por partidos.
Porém, essa conversa da treta desses cavalheiros apenas serve para esconder o que eles pretendem realmente: acabar ou suspender o regime democrático, para salvaguardar os seus interesses e os daqueles que, na Europa, são os seus mentores.
Estamos muito perto da destruição total das enormes conquistas que Abril permitiu.
Será bom prepararmo-nos para ocupar o nosso lugar nas trincheiras.
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial