O criminoso volta sempre ao local do crime
Depois da comunicação de Cavaco Silva, que não vi em
directo, fartei-me de ouvir comentadores. Ouvi de tudo, até mesmo quem
concordasse com a bizarria antidemocrática e inconstitucional do Presidente da
República.
Cavaco já tinha descido aos infernos, ao aprovar de cruz o
que o governo de Passos, Portas e Gaspar lhe pôs debaixo do nariz, e não se importou. Só quando Paulo
Portas se travestiu de demissionário, acagaçando Passos Coelho que lhe
entregou o governo de mão beijada, é que Cavaco Silva se apercebeu da marosca: Embora
nominalmente o primeiro-ministro continuasse a ser Passos Coelho, quem mandaria
seria o Paulinho das feiras…
Isto Cavaco Silva nunca iria permitir. Levou tempo, mas tanto matutou que acabou por descobrir o António José Seguro ao fundo do
túnel: A salvação do governo do PSD passava pelo PS…
Era o criminoso de volta ao local do crime: O partido, cujo
governo ele perseguiu até conseguir a demissão do primeiro-ministro José Sócrates, tornou-se na
tábua de salvação da naufragada coligação que Cavaco Silva apadrinhou, bajulou e defendeu contra tudo e contra todos. Claro que isto não
é solução nenhuma. É só ficção…
A verdadeira solução passará sempre por eleições. Mas,
infelizmente, só quando Aníbal Cavaco Silva deixar de ser Presidente da
Republica o país voltará ao normal funcionamento das instituições e poderá recuperar.
O resto, são paliativos para entreter comentadores.
1 Comentários:
"Uma maioria, um governo, um presidente"!
Eis a fórmula para a "verdadeira democracia"!
A partir de hoje, julgo que não haverá um único ser pensante, ou no mínimo com algum senso crítico, que entenda que a "salvação nacional" começa com a queda do governo, continua com a destruição desta maioria de fascistas e termina com o reconhecimento de que este presidente foi e é o maior pecado do povo português.
Assim sendo, só há um caminha: a luta sem tréguas pelo afastamento de todos estes facínoras.
Quanto ao PS...
À primeira cavadela saiu minhoca. Como, infelizmente, vem sendo hábito há longos anos. Mas, com este inseguro e seus acólitos nada de bom será de esperar.
Quanto a mim, aguardo sentado...
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