O dogma da recuperação económica
Não passa um só dia sem que alguém do governo anuncie aos
quatro ventos a recuperação económica. Paulo Portas é o principal arauto desta
campanha.
A coisa não se vê,
mas com a ajuda dos media e dos habituais comentadores arregimentados, a propaganda foi
fazendo o seu caminho.
A bênção do profeta de Boliqueime foi a cereja em cima do bolo. Desde então, a recuperação económica
deixou de ser uma mera possibilidade para se transformar em dogma. Ai de quem
o ponha em causa.
Mas não são apenas os portugueses a duvidar deste dogma:
Segundo o FMI, o ajustamento externo da economia portuguesa está a ser feito
à custa da contracção das importações e do crescimento das exportações de
combustíveis, factores potencialmente
insustentáveis.
Por outras palavras, a propalada “recuperação económica” (ainda) não
tem pernas para andar.
1 Comentários:
Quando deixar de haver um desemprego de 16%; quando a procura interna aumentar por via do aumento da produção de bens e serviços e do aumento do rendimento disponível das famílias e das empresas; quando a insuportável carga fiscal for reduzida; quando deixar de haver um domínio total e absoluto da política por parte do capital financeiro nacional e internacional; quando a emigração, sobretudo de gente jovem, diminuir drasticamente; quando a minha pensão de reforma voltar a ter o valor que o meu trabalho de dezenas de anos gerou,
então eu acreditarei na retoma da economia nacional.
Para que tudo isto aconteça, porém, é necessário e imperioso correr com estes bandalhos para muito longe. Nem que seja, seguindo o exemplo dos "pobres e coitadinhos" dos ucranianos.
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