O foragido dos azeites
As façanhas do suposto criminoso de Valongo dos Azeites, que
tem jogado às escondidas com a GNR e a Policia Judiciaria, remetem para um Portugal
rural e violento, retratado a espaços por Camilo Castelo Branco e Aquilino
Ribeiro, que ainda sobrevive nos nossos dias. As motivações dos crimes não são muito
diferentes dos de então e o civismo de quem os comete também não evoluiu.
A imagem da província
idílica e feliz ainda perdura em mentes mais débeis, mas foi uma encenação do
Estado Novo, que acabou na debandada da emigração.
Enquadrado por uma igreja ultra conservadora e alienado por
uma comunicação social populista, boa parte do nosso povo continua desfasado da
realidade contemporânea e tarda em integrar valores que se tornaram comuns nas sociedades
evoluídas, não apenas no mundo ocidental.
Não faltam comentadores, ideólogos e moralistas, que
conseguem descortinar virtudes neste atraso, mas ficam surpreendidos com as consequências…
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