sábado, julho 26, 2014

A narrativa da dívida


O jornalistas que passaram anos a bajular as trombas ao elefante da Rua Barata Salgueiro, sem nunca repararem nos ratos que iam minando o pedestal que o sustentava, parecem muito preocupados porque um dos candidatos à liderança do PS não pôs em primeiro lugar na sua lista de prioridades a famosa dívida pública.

Com a desculpa desta "narrativa da dívida",  PSD e CDS, com a bênção de Cavaco Silva, impuseram-nos a troika, foram “além da troika”, destruíram a economia, lançaram no desemprego milhares de famílias, fizeram o maior aumento de impostos, cortaram salários e pensões como não há memória, e, pasme-se, a dívida pública aumentou mais de 30%.

É tempo de encarar os factos: Esta receita não melhora nada, só piora. Piora a dívida, piora a vida das famílias, piora a economia. Só não vê quem não quer ver e está enfeudado às teorias do capital financeiro, ele sim, o principal responsável pela crise da dívida.
Em vez de canalizar o dinheiro dos depositantes para a economia, o capital financeiro enterra-o em operações especulativas não produtivas, por vezes ilegais. Só na última década, não têm conta os bancos que foram abalados por estas manobras. Alguns tiveram mesmo que fechar as portas e a outros valeu-lhes a ajuda dos estados e dos respetivos contribuintes.

Portugal não foi exceção. Depois do escândalo BPN, vários bancos sentiram o abalo da especulação, com o grupo BES/GES a ser o exemplo acabado da irresponsabilidade social do capital financeiro.

Só o crescimento resolve o problema da divida. Não é o corte de salários e pensões. O importante, é canalizar recursos para a economia para fazer crescer o país.
Para a economia crescer é preciso apostar na educação. As escolas não podem continuar a ser um cenário de guerra entre os sindicatos de professores e o ministério. As escolas têm de ter sossego, por muito que isso retire protagonismo aos dirigentes partidários disfarçados de sindicalistas.

O ministério pode não conseguir avaliar os professores, mas o país já os avaliou. Basta ver as notas dos alunos… 

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