As (des)culpas de Cavaco
Tal como agora em Belém, também quando foi primeiro-ministro Cavaco Silva se rodeou de lambe-botas cuja função principal foi ritualizar o culto de personalidade do "chefe".
O afã desses yes-men era tal que um deles teve a lata de afirmar que Aníbal Cavaco Silva nunca tinha dúvidas e raramente se enganava, uma boutade que tropeçou a cada passo na realidade.
De facto, apesar de habitualmente resguardado na torre de marfim em que se esconde, nas raras vezes que desce à terra, Cavaco costuma pôr a pata na poça.
Foi o que sucedeu na reunião da CPLP em que Cavaco envergonhou o país, aprovando a adesão da Guiné Equatorial.
No entanto, viu-se obrigado a justificar o seu voto nos "Roteiros" - a colectânea onde tenta refazer a história da sua passagem pela presidência - justificando o voto contra-natura com complexos coloniais e pensar que doutro modo prejudicaria a imagem de Timor que presidia a CPLP.
Teve azar, porque Ramos Horta acaba de o desmentir.
Para quem tem o desplante de exigir experiência diplomática ao seu sucessor, apetece dizer que não se enxerga.
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