A tragédia grega - epílogo
Até agora, o que o Syriza conseguiu para a Grécia foi aprofundar a crise e o único caminho que o enigmático Tsipras encontra para sair dela é obter dos credores o perdão de uma parte substancial da dívida.
Ao contrário da vontade do FMI e de muitos dirigentes da U.E., há razões para acreditar que a Grécia vai conseguir o perdão da dívida, por muito que isso custe a Cavaco Silva, Passos Coelho e demais ressabiados da direita europeia.
A Grécia é membro da NATO e um forte aliado dos Estados Unidos, que nos últimos dias têm mandado recados à U.E. no sentIdo de se viabilizarem as pretensões gregas. Não adianta a senhora Lagarde fazer voz grossa, pois quem de facto manda no FMI é o país do dólar e os Estados Unidos não vão permitir que a Grécia deixe de pertencer ao mundo ocidental.
É isso que está em causa.
Claro que nem o contabilista de Boliqueime, nem o safardana do Passos Coelho, alcançam tão longe, mas a culpa é de quem vota em chicos-espertos provincianos em vez de escolher políticos com sentido de estado.
1 Comentários:
O que é importante saber não é como resolver "o enigma Tsipras" ou descobrir se o Syriza apronfundou a crise grega ou apenas se limitou a torná-la clara e mais evidente a todo o mundo.
O importante e decisivo, sobretudo para os paises do dul da Europa, é saber se há alguém com conhecimento para nos dar a todos uma solução definitiva para o problema da dívida destes paises. É saber como se pode pagar uma dívida que, por enquanto, representa "apenas" 150% do PIB português ou 200% do PIB grego. Quantos séculos serão necessários para eliminar estas dívidas? É saber quanto devem crescer estas economias para gerarem fundos que permitam, ao menos, para o serviço das dívidas.
Se alguém tiver a coragem de vir a público mostsr-nos a todos o que fazer, certamente todos estaremos de acordo em lhe erguer a maior estátua jamais inaugurada no nosso país...
Depois disso, há um outro problema para resolver: o que fará o povo português a TODOS os que nos conduziram a esta situação tremenda. Mas, deixemos a solução deste problema para um tempo mais aprazível.
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