A luz ao fundo do túnel
Naquele tempo, quando o comboio entrava nos túneis, convinha fechar a janela. A locomotiva era a vapor e o fumo negro que saía da chaminé tisnava-nos a cara.
O troço entre a Guarda e a Covilhã começava logo com o túnel do Barracão que, no cálculo imaginário da nossas cabeças infantis, teria mais de um quilometro. Afinal não chegava a 400 metros...
Mas o que mais me arrepiava eram os troços em que a linha parecia suspensa sobre os precipícios que se sucediam sobre os vales das ribeiras com pressa de chegar ao Zêzere.
Fechado há dez anos, o troço da linha da Beira Baixa entre a Covilhã e a Guarda vai ser reaberto, já não com lovomotivas a vapor. Serão movidas a electricidade, sem o fumo nem os silvos que naqueles tempos acordavam a Cova da Beira.
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